sábado, dezembro 31, 2005

DESESPERO NOS CORREDORES

"Um mar calmo e um céu sem lua tornar-se-iam testemunhas de um pesadelo. Sem o luar e ondas para bater no iceberg, o que facilitaria sua localização, a gigantesca montanha de gelo só foi percebida pelos vigias na gávea quando era tarde demais. O desvio de rota ordenado pelo imediato não foi suficiente, o Titanic chocou-se com a parede de gelo submersa, provocando seis pequenos cortes na lateral do navio, fazendo que a pressão da água rompesse o aço fragilizado pela baixa temperatura. O insubmergível começou a fazer água em seis de seus compartimentos à prova d'água - um a mais do que seria possível para o navio agüentar. Era o início do fim."
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Desespero nos Corredores
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Após o choque, o Titanic tinha apenas cerca de duas horas de vida até ser engolido pelo oceano. O insubmergível estava afundando, e os 16 botes e quatro balsas não dariam vazão para as mais de duas mil almas a bordo. O capitão Smith ordenou que, cavalheirescamente, mulheres e crianças fossem priorizadas no resgate que seguiria as normas da estratificação social dentro do próprio transatlântico, privilegiando a primeira classe e deixando a massa imigrante da terceira classe sem acesso ao salvamento. Os que acordaram com o estrondo do choque tiveram maiores chances de escapar.
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Foi assim que a inglesa Millvina Dean, com dois meses de idade, conseguiu sobreviver, mesmo sendo uma passageira da terceira classe. "Meu pai foi ao deque ver o que estava acontecendo e voltou com a notícia de que o navio havia batido num iceberg. Minha mãe tirou a mim e a meu irmão da cama e foi para o convés. Foi essa pressa que nos salvou, porque os privilegiados eram os primeiros a serem embarcados nos botes salva-vidas. Minha mãe conseguiu entrar porque tinha uma criança de colo". Uma das últimas sobreviventes ainda com vida, Millvina estava a caminho dos EUA, buscando um futuro novo com sua família em Kansas City - que não se concretizou.

quinta-feira, dezembro 29, 2005

CONDESSA DE ROTHES

No bote nº. 8, Mary Young, Gladys Cherry, Mrs. F. Joel Swift e outras remaram. Mrs. William R. Bucknell verificou com orgulho que, enquanto remava perto da condessa de Rothes, um pouco mais adiante, a sua criada remava junto da criada da condessa. A condessa manobrava o leme.
Mais tarde, o marinheiro Jones, responsável pelo barco, explicou ao jornal "The Sphere" a razão que o levara a encarregá-la daquela tarefa: "No meu barco havia uma mulher notável; quando vi a forma como se comportava e ouvi a forma enérgica a calma como falava às outras, compreendi que ela valia mais do que qualquer dos homens que tínhamos a bordo". À Comissão de Inquérito americana, talvez por lhe faltar a ajuda da impressa, Jones descreveu a situação em frases menos elegantes: "Ela estava sempre a dar opiniões, de modo que a pus a conduzir o barco".
Mas não havia dúvidas do que ele pensava acerca dela. Depois do salvamento, Jones removeu o numeral "8" do salva-vidas, mandou-o emoldurar e enviou-o à condessa como prova de admiração. Ela, por sua vez, nunca deixou de lhe escrever todos os Natais.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

SERÁ QUE FOI SUBORNO?

Houve ou não houve o suborno no bote nº. 01 do Titanic pelo casal Cosmo Edmund e sua esposa Lucy Duff-Gordon. De acordo com o trecho retirado do livro A Tragédia do Titanic – A Night to Remember – Walter Lord – Pág. 114, nunca houve um suborno e sim uma ajuda pela perda dos empregados da White Star Line. Agora depois de ler o texto abaixo, cada um pode tirar a sua própria conclusão:
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(...) O Fogueiro Pusey ajudava Lady Duff Gordon nos esforços para consolar Miss Francarelli da perda da camisa de dormir. Chegou a dizer-lhe:
- Não se preocupe, vocês salvaram as vossas vidas; mas nós perdemos a caixa de ferramenta.
Meia hora mais tarde, ainda prestável, Pusey voltou-se para Sir Cosmo.
- Suponho que perdeu tudo?
- Pois perdi.
- Mas pode voltar a comprar tudo?
- Sim.
- Pois é, mas nós perdemos as ferramentas e a companhia não nos dá outras. Pior do que isso, deixamos de ser pagos a partir desta noite.
Sir Cosmo já não podia suportá-lo:
- Muito bem, dou uma nota de cinco a cada um para arranjarem novas ferramentas.
E deu, mas acabou por se arrepender. O quase monopólio do salva-vidas nº. 01 pela família Duff Gordon, a recusa de voltar para trás e prestar auxílio, deram à oferta o aspecto de suborno que Sir Cosmo teve muita dificuldade em desmentir.
Os eventos subseqüentes também não ajudaram muito. Quando, depois do salvamento, lady Duff Gordon juntou os homens, com os respectivos coletes de salvação, numa fotografia de grupo, eles tinham todo o aspecto de serem a tripulação particular dos Duff Gordon. Mais tarde, quando se soube que o vigia Symons, o comandante nominal do salva-vidas, passou um dia com o advogado de Sir Cosmo antes de ser ouvido pela Comissão de Inquérito britânica, pareceu que o magnata até tinha o seu timoneiro particular.
Para além do extremo mau gosto, não há provas de que Sir Cosmo fosse culpado de algo mais grave (...).

segunda-feira, dezembro 26, 2005

A DESATRACAÇÃO

Por intermédio do capitão Benjamin Steele – superintendente marítimo de Southampton - de seu camarote, o comandante do navio enviou uma breve mensagem formal aos proprietários da nau: "Pela presente, comunico-lhes que o navio se encontra carregado e pronto para zarpar. Os motores e as caldeiras estão em bom estado para a viagem, e as cartas e rotas de navegação foram atualizadas. Seu fiel e dedicado criado, Edward John Smith".
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Chegara o momento de George William Bowyer, oficial de rota com trinta anos de experiência, subir a bordo. Sua presença se tornava obrigatória devido aos vários bancos de areia que ameaçavam a navegação na confluência dos canais de Southampton, Solent e Spithead. No alto do mastro de proa tremulava o Blue Peter, estandarte que significa "todos a bordo: o navio está pronto para zarpar". Seis rebocadores rodearam lentamente o Titanic que, tendo sua partida em vista, e devido ao congestionamento provocado no porto pela greve dos trabalhadores das minas de carvão, fora ancorado com a popa voltada para frente. Uma vibrante multidão invadira os cais mais próximos e o convés dos navios ancorados nos arredores. Para desfrutar melhor do espetáculo, os observadores mais ousados subiram em mirantes improvisados. Do alto, no convés do transatlântico, os passageiros contemplavam a multidão que comparecera ao cais para se despedir.
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Finalmente, a última passarela fora retirada. O capitão passou ao piloto a ordem de dirigir as manobras dos rebocadores. Chegara o momento de zarpar! Às 12h06min, com a devida pressão nas caldeiras, enquanto os rebocadores efetuavam a manobra, o Titanic soltava as amarras. O assobio da sirene fez vibrar as entranhas dos presentes. Em terra, a multidão explodiu em um festivo aplauso, liberando, desta forma, toda a tensão até então acumulada. Muitos jogavam os chapéus para o alto e, acima do resto da multidão, um mar de lenços tremulava em sinal de júbilo. Era impossível não se deixar levar por aquele clima carregado de coletiva euforia, que contagiava todos os presentes.

domingo, dezembro 25, 2005

AOS AMIGOS TITÂNICOS - FELIZ NATAL

Senhor, quisera neste Natal, armar uma árvore e nela pendurar, em vez de bolas, os nomes de todos os meus amigos. Os amigos de longe, de perto, os antigos e os mais recentes, os que vejo a cada dia e os que raramente encontro, os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos, os constantes e os intermitentes, das horas difíceis e os das horas alegres, os que, sem querer, eu magoei, ou sem querer me magoaram, aqueles a quem conheço profundamente e aqueles de quem conheço apenas a aparência, os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo, meus amigos humildes e meus amigos importantes.

Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida. Uma árvore de raízes muito profundas para que seus nomes nunca sejam arrancados do meu coração. De ramos muito extensos para que novos nomes vindos de todas as partes venham juntar-se aos existentes. Uma árvore de sombras muito agradáveis para que nossa amizade, seja um momento de repouso nas lutas da vida.

Que o Natal esteja vivo em cada dia de nossas vidas, para que possamos juntos viver o amor, a paz e a harmonia!!


Se tens amigos, busque-os,
O NATAL É ENCONTRO!

Se tens inimigos, reconcilia-te,
O NATAL É PAZ!

Se tens pecado, converta-te,
O NATAL É GRAÇA!

Se tens soberba, sepulte-a,
O NATAL É HUMILDADE!

Se tens trevas, acede o teu farol,
O NATAL É LUZ!

Se tens tristeza, reaviva a tua alegria,
O NATAL É FELICIDADE!

Se estas no erro, reflete,
O NATAL É VERDADE!

Se tens ódio, esquece-o,
O NATAL É AMOR!


FELIZ NATAL!!!
São os meus mais sinceros votos,
para você e toda a sua família.

Alencar - Dez/2005

sexta-feira, dezembro 23, 2005

DEPOIMENTO DE LAWRENCE BEESLEY


“O navio levantou-se lentamente, girando sobre o seu centro de gravidade para adotar uma posição vertical! Assim que parou nessa posição, as luzes, que tinham permanecido acesas toda a noite sem falhar, apagaram-se, voltaram a acender-se por um momento e finalmente desapareceram para sempre. O Titanic estava reto como uma coluna: agora só podíamos der a popa e uns 50 metros do casco. O navio descia pouco a pouco pata afundar definitivamente. Os gritos dos náufragos, que a princípio eram fortes, enfraqueceram lentamente até cessarem por completo.”

Lawrence Beesley, nasceu em Wirksworth, em Derbyshire em 31 de dezembro de 1877, filho de Henry Beesley e Annie Maria, embarcou no Titanic como passageiro de 2ª Classe, com o bilhete de número 248698. Beesley estava na sua cabine (D-56), lendo quando a colisão ocorreu, ele observou somente um balanço ligeiro. Depois de seu salvamento Beesley escreveu um livro bem sucedido, a perda do SS Titanic, contando a sua experiência. Morreu em 14 de fevereiro de 1967, com 89 anos de idade.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

BARCO DAS VIÚVAS

Por três agonizantes horas os botes salva-vidas com os sobreviventes rumam num mar repleto de icebergs. No barco 6, repleto de assustadas madames, a nova rica Molly Brown - a insubmergível Molly, como o mundo veio a conhecê-la, tomou conta da situação e pôs suas colegas de salão de chá para remarem, enquanto os dois homens a bordo discutiam entre si. Muitas das sobreviventes, como Millvina Dean, eram crianças pequenas e acabaram dormindo durante o trajeto, só acordando no convés do Carpathia, o navio que recolheu os 711 sobreviventes do Titanic. Ruth Blanchard, que havia se separado da família no corre-corre pelos botes, só os reencontrou no convés do Carpathia: - "Deram-nos conhaque para nos aquecer e acordar", relembra.

O Carpathia tornou-se um barco de viúvas, e outra vez o horror tomou conta dos sobreviventes quando ficou claro que a maioria dos esposos e pais de família não havia se salvado. A esposa do Dr. Washington Dodge, em entrevista na época, reconta o clima de histeria do resgate: - "O convés se encheu de gritos de desespero quando os últimos botes chegaram sem sinal dos entes queridos de quem estava a bordo do Carpathia."

O navio retornou ao local onde o Titanic afundou em busca dos que ficaram para trás. Só restava um cadáver congelado boiando no oceano, uma macabra testemunha dos últimos momentos do naufrágio.

A chegada ao que seria o destino original do Titanic foi aguardada por quatro mil pessoas no cais do porto, a maioria jornalistas e parentes dos passageiros do insubmergível. Ruth Becker se recorda como foi aquele momento: - "Havia uma grande confusão no porto, e só foi permitido o desembarque de quem tivesse algum conhecido em Nova York." Gente como Millvina Dean, que perdeu tudo no acidente, retomou imediatamente a Londres: - "Não havia mais nada para mim na América", recorda a mais nova dos sobreviventes do Titanic.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

COMANDANTE EDWARD JOHN SMITH

Edward J. Smith, o comandante com mais anos de serviço na White Star Line, já na reserva, era provavelmente o comandante mais experiente nas rotas do Atlântico Norte, e já havia comandado o Adriatic e o Olympic, o navio gêmeo do Titanic. Tinha 38 anos de experiência com a White Star Line e possuía uma excelente folha de serviços no que diz respeito à segurança; além disso, foi o comandante mais bem pago da época, pois ganhava mais de 1.000 libras esterlinas anuais, enquanto a maioria dos comandantes da Cunard recebia 600 libras esterlinas anuais. O presidente da White Star Line, Bruce Ismay, pedira especificamente a Smith, de 62 anos, que interrompesse o seu descanso e assumisse o comando do Titanic na sua viagem inaugural através do Atlântico. Smith, que afundou com o seu navio, foi muito criticado durante as investigações sobre a tragédia.

terça-feira, dezembro 20, 2005

O PREÇO DA ARROGÂNCIA

Disseram que nem Deus poderia afundar o Titanic,
porém mais de 1.500 almas pagaram o preço da presunção.
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No momento em que os passageiros foram retirados de seu conforto para a incerteza da salvação nos botes salva-vidas - não era nada do que esperavam as 2.208 pessoas (1.317 passageiros e 891 tripulantes) quando embarcaram na imponente embarcação.
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Naqueles 10 de abril de 1912 subiram a bordo a nata da sociedade edwardiana e imigrantes cheios de esperança de uma vida nova nos EUA. Construído seguindo a linha de transatlânticos enormes, luxuosíssimos, como o Bismarck e o Olympic, o vapor Titanic proporcionava um repouso digno dos deuses para os passageiros da primeira classe. Um paraíso desfrutado por menos de 100 horas - até que um iceberg e a presunção humana pusessem a pique as ambições de toda uma era.
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Os dias que antecederam à viagem inaugural do insubmergível foram de intensa expectativa. Navegando à impressionante velocidade de 21 nós, o Titanic seguia em direção a Nova York. No dia 14 de abril de 1912, o Titanic recebeu várias mensagens indicando bancos de gelo à frente. Como precaução, o Capitão Smith modificou o curso alguns graus para o sul. Seria sua última ordem ainda sob o controle da situação, antes do seu clássico "agora é cada um por si", dito quando o destino do Titanic já era inevitável. O comandante se retirou para seus aposentos às 21h20min, deixando o imediato William Murdoch no comando, à velocidade de 22 nós. O navio só manteria esse ritmo por mais duas horas, até o choque com o iceberg.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

NA NOITE E NO GELO


“In Nacht und Eis” (Na Noite e no Gelo) é um filme alemão feito em 1912, contando a história do naufrágio do Titanic. Os efeitos especiais eram primitivos pelos padrões de hoje, mas eram maravilhosos naquele tempo. No filme um pequeno modelo de brinquedo bate em um iceberg numa pequena lagoa usada como cenário. A quantidade de detalhes contido no filme é de impressionar, tal como os foguetes disparados, dos passageiros que cantam hinos, das explosões nas fornalhas superaquecidas das caldeiras.
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O filme foi produzido pelos estúdios “Continental Filme de Berlim”. Durante as gravações o Departamento do Corpo de Bombeiros de Berlim forneceu a água para o uso das cenas do naufrágio. Algumas cenas foram feitas em Hamburgo e outras cenas possivelmente a bordo do navio alemão Kaiserin Auguste Victoria, ancorado no porto, em Hamburgo. O filme “In Nacht und Eis” era três vezes maior do que o filme americano “Saved from the Titanic” produzido também em 1912.
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Kaiserin Auguste Victoria - 1906

Em meados de 1914 o filme desapareceu, foi pensado que se havia perdido para sempre. Então em 1998, um colecionador alemão de filmes, realizou um leilão confidencial de sua coleção particular; para a surpresa geral, havia um exemplar desse filme. Algumas cenas podem ser vistas no documentário Beyond Titanic, exibido pelo Canal Discovery Channel.
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A grande noticia é que o filme esta previsto para ser lançado em DVD na Alemanha, em 2007. Agora, só nos resta esperar!!!

Olha ai Diego (
http://www.theshiptitanic.cjb.net/ ), você disse no post do dia 15, que seria bom ter um filme de 1912, pois bem, falta pouco pra isso acontecer, então, este post de hoje, eu dedico a você amigo.

domingo, dezembro 18, 2005

CERTIFICADO DE REGISTRO

Documento que os armadores britânicos eram obrigados por lei a preencher e entregar aos funcionários da alfândega do porto em que a embarcação fosse registrada. No caso do Titanic, a cidade de Liverpool, sede da Oceanic Steam Navigation Co Ltd, candidatos ao registro tinham que fornecer detalhes completos sobre dimensões, tonelagem e potência dos motores, além dos nomes dos proprietários das "64 ações" nominais, representando 100% da titularidade. No ato do recebimento, os fiscais alfandegários forneciam um Certificado, com cópia para o cartório de Navios e Marítimos, atribuindo à embarcação um número oficial: o do Titanic era 131.428.
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O Certificado de Registro original do Titanic foi para o fundo do mar. Essa é a cópia do cartório, assinalada por letras fracas, em tinta vermelha: Registro encerrado em 3 de maio de 1912. Embarcação naufragada no oceano Atlântico, no dia 14 de abril de 1912. Certificado de Registro perdido com a embarcação. Comunicação fornecida pelo administrador registrado - formulário entregue em 3 de junho de 1912.

sábado, dezembro 17, 2005

LIVRO DE BORDO

O livro de bordo atestava os acontecimentos ocorridos no período das viagens, como os casamentos, nascimentos, óbitos e as injúrias de “Passageiros da Primeira, Segunda e Terceira Classe”. Na coluna à esquerda está escrita à data do desastre, 15 de abril de 1912, e logo a seguir, a localização do sinistro, próximo aos 41°16' de latitude e 50°14' de longitude. A terceira coluna relaciona os nomes dos mortos, em ordem alfabética, à quarta indica o sexo das vítimas, quase exclusivamente homens; a última coluna dá a nacionalidade, endereço e causa da morte – “afogamento”, em todos os casos. Na foto uma página da relação dos mortos da Primeira Classe, entre os que pereceram havia muitas pessoas ricas e importantes, incluindo John Jacob Astor, um dos homens mais abastados do mundo, naquela época, Isidor Straus, fundador da loja de departamentos Macy's e o responsável pelo projeto do Titanic, Thomas Andrews – na coluna de "profissões", ele é o único mencionado, como “construtor naval”.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

SÓ UMA BREVE VISITA

OS MUITOS TITANICS – PARTE II
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Cavalgada (Cavalcade, 1933), de Frank Lloyd, adapta a peça de Noel Coward num melodrama que inclui John Warburron e Margaret Lindsay em lua-de-mel a bordo do Titanic.
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A Inconquistável Molly (The Unsinkable Molly Brown, 1964), de Charles Walters, é uma sentimental versão musical com a história da otimista Molly (Debbie Reynolds), a mulher que vence até o desastre do Titanic para tornar-se a mais rica dama de Denver.
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Volta ao Passado (Rendezvous with Yesterday, 1966), o episódio piloto da série de TV Túnel do Tempo (The Time Tunnel, 1966-1967), de lrwin AlIen, transporta Tony e Doug (personagens principais) a bordo do Titanic bem na data de seu naufrágio. Os dois fazem de tudo para alertar o capitão do navio sobre o inevitável acidente.
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Os Bandidos do Tempo (Time Bandits, 1982), de Terry Gilliam, narra às fabulosas viagens no tempo e espaço, incluindo uma rápida parada no convés do malfadado Titanic.
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Orgia no Titanic (Titanic of Orgy, 1995), de Mitchell Spinelli, vídeopornô dá o que promete: uma grande orgia a bordo do navio, com mais de duas dúzias de beldades e garanhões em duas horas e meia de sexo explícito!

quinta-feira, dezembro 15, 2005

AFUNDANDO COM O NAVIO

OS MUITOS TITANICS – PARTE I
Uma relação de filmes mais cobiçados pelos colecionadores do Titanic.
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Saved from the Titanic (1912), de Étienne Amaud, foi produzido pela Eclair Moving Picture Company no mesmo mês que ocorreu a tragédia. Dorothy Gibson (uma sobrevivente real do naufrágio – Curiosidade: em determinadas cenas Dorothy Gilson usou o mesmo vestido que usava no dia do acidente), Jack Adolfi e Alec B. Francis encabeçam o elenco deste filme mudo de um rolo, do qual não existem mais cópias. Será???
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In Nacht und Eis (1912), de Misu Rosescu, foi produzido pelo estúdio Continental Film Studios of Berlin, contando a história do naufrágio do Titanic. No elenco Waldemar Hecker, Otto Rippert, Ernst Rückert. O filme é três vezes maior do que o filme Saved from the Titanic. Em meados de 1914 o filme desapareceu, sendo perdido para sempre. Será???
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Titanic (1929), de Ewald André Dupont, é uma produção inglesa em preto e branco, na primeira dramatização sonora do naufrágio. No elenco temos os personagens John Rool (Franklin Dyall), Monica (Madeleine Carroll), Lawrence (John Stuart) entre outras grandes estrelas da época.
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Titanic (1943), de Werner Klingler e Herberr Selpin, é uma produção alemã com Otto Wemicke no papel do Capitão Smith, incluindo a bordo um providencial oficial germânico que tenta alertar do perigo.
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Titanic (1953), de Jean Negulesco, a mais ambiciosa tentativa hollywoodiana para retratar o naufrágio do século. Clifton Webb, Barbara Stanwyck, Roberr Wagner, Thelma Ritter e Richard Basehart protagonizam os dramas a bordo navio. O roteiro vencedor do Oscar é de Charles Brackett, Walter Reisch e Richard Breen.
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A Night to Remember (1958), produção inglesa dirigida por Roy Ward Baker, foi por muito tempo a adaptação mais sensível da tragédia, com roteiro do brilhante romancista Eric Ambler, baseado no livro de Walter Lord. No elenco, Kenneth More, Honor Blackman e os novatos David McCallum e Sean Connery. Lançado no Brasil com o título: Somente Deus por Testemunha.
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S.O.S Titanic (1979), de William Hale, aproveita elementos fictícios das fitas anteriores num telefilme estrelado por David Janssen, Cloris Leachman, Susan St. James, Ian Holm, Helen Mirren e David Wamer (este último, de volta no Titanic de Cameron). O detalhado roteiro é de James Costigan, no primeiro filme em cores sobre o tema.
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Raise the Titanic (1980), de Jerry Jameson, produção britânica com trama tola adaptada do best-seller de Clive Cussler. Jason Robards, Anne Archer e Alec Guinness envolvem-se numa série de intrigas em torno do interesse de russos e americanos para tirar o navio do fundo do mar. Lançado no Brasil com o título: O Resgate do Titanic
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Titanic (1996), de Robert Lieberman, antecedeu o filme de Cameron numa produção para a TV estrelada por George C. Scott, Peter Gallagher, Catherine Zeta-Jones, Tim Curry e Marilu Henner.
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La Camarera del Titánic / La Femme de Chambre du Titanic (1997), de Bigas Luna, a história de amor entre Horty (Olivier Martinez) e Marie (Aitana Sanchez Gijon), camareira do Titanic, que procura um lugar para passar a noite, às vésperas da partida do navio. Horty, sem saber se ela sobreviveu ou não ao naufrágio, passa a fantasiar o romance entre os dois. Lançado no Brasil com o título: A Camareira do Titanic.
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Titanic (1997), de James Cameron, estrelada por Leonardo Di Caprio e Kate Winslet. A viagem inaugural do navio Titanic é reconstituída através de uma história romântica. O jovem casal Jack e Rose apaixonam-se durante o percurso, interrompido pelo choque em um imenso iceberg.
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Titanic – The Legend Goes On (1999), Gian Paolo Brugnoli, Marco Scaffardi, Camillo Teti, Desenho que conta a história de dois jovens Angélica e William, que se conheceram no Titanic. William é um jovem corajoso pertencente a uma nobre família. Já Angélica viaja com a gananciosa viúva Gertrude. A única esperança de Angélica em reencontrar sua verdadeira mãe é a medalha que carrega no pescoço. Lançado no Brasil com o título: Titanic - O Desenho.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

TRIPULAÇÃO E O CHOQUE NO GELO

ALGUNS MEMBROS DA TRIPULAÇÃO
DO TITANIC EM FOTO INÉDITA
Uma rara imagem de alguns membros da tripulação do Titanic. O quarto, da direita para a esquerda da fila superior, é Frederick Fleet, marinheiro encarregado do posto de vigia do navio.
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O CHOQUE DO TITANIC
COM O ICEBERG
O gigantesco iceberg, quase todo submerso, cruza o caminho do Titanic, que é abalroado de lado. O gelo arranha as placas de aço do casco, 6 metros abaixo da linha de flutuação,e arranca os rebites que as prendiam umas às outras. O deslocamento das placas permitiu que a água invadisse os compartimentos estanques, vitais para a boa flutuabilidade do navio.

terça-feira, dezembro 13, 2005

O CORTE DO DIRETOR

Numa super produção como Titanic é de se esperar que algumas cenas caiam fora na montagem final. Foi o que aconteceu com a seqüência 116 rodada em estúdio, na sala de comandos do cargueiro Californian - aquele mesmo, que primeiro tentou alertar por rádio a tripulação do Titanic sobre o perigo dos icebergs, e horas depois recusou-se a ajudar. Nesta cena inédita o desconhecido ator Adam Barker (foto) interpretou o operador de rádio Cyril Evans, enquanto Peter White vivia o papel do terceiro oficial Graves. Para não deixar barato, Adam Barker resolveu capitalizar em cima do sucesso do Titanic fazendo propaganda pela Internet sobre sua "grandiosa cena perdida do filme".
Tivemos que esperar mais de sete anos para podermos ver esta cena (DVD 3 - Cenas Excluídas nº 9), mas finalmente com o lançamento do DVD Edição Especial poderemos ver e rever esta cena e muitas outras.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

LEMBRANÇAS

Em muitos lugares a lembrança do Titanic ainda perdura. O Titanic vive no coração de cada um que é apaixonado por ele. Há algum magnetismo, alguma energia que nos contamina. Uns fazem coleções de tudo que possa conter o nome Titanic (que é o meu caso), outros erguem monumentos em sua homenagem, outros fazem desenhos tão ricos em detalhes (que é o caso do meu amigo Marlon), enfim cada um expressa da sua maneira, a sua paixão pelo navio e por aqueles que nele pereceram e sobreviveram.
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Em Halifax estão enterradas 121 vitimas do naufrágio.

- Em Southampton, local de onde o Titanic partiu existe um parque em memória das vitimas.
- Em Staffordshilre, a esposa do capitão, Helen Melville Smith, mandou erguer um monumento em homenagem ao bravo marido e tripulantes.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

HERBERT WALTER McELROY


Fizeram-me uma homenagem, colocando eu como o Capitão do TITANIC, ao lado de uma outra pessoa, então o post de hoje é sobre a pessoa que está ao meu lado na foto, hehehehe.
Agradeço ao flog http://marcelofreire.flogbrasil.terra.com.br/, pela homenagem
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McElroy era o oficial de bordo responsável pela administração e pelo abastecimento do Titanic. Era auxiliado por dois funcionários, Barker e Denison, cuja tarefa era cuidar da conservação dos documentos e dos valores depositados no cofre do navio. O sobrecarga contava também com vários ajudantes para compilar uma grande quantidade de documentos administrativos e manter os registros atualizados.
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Em 6 de abril, McElroy passara a controlar pessoalmente o complexo abastecimento do Titanic. Seu desejo era que aquela viagem inaugural também passasse para a história da navegação pela qualidade e variedade dos alimentos oferecidos a bordo. As pessoas encarregadas das relações que a White Star Line mantinha com a imprensa cuidaram especialmente da minuciosa descrição dos víveres que estariam à disposição dos passageiros: dos vinhos aos queijos, do caviar às lagostas, dos faisões da Escócia aos presuntos de Smithfield.
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A comida era precisamente uma das armas usadas contra a acirrada concorrência, na luta pela conquista da supremacia nas rotas atlânticas. Todas as manhãs, o sobrecarga devia receber as informações do pessoal da cozinha, encarregado de cuidar da distribuição dos produtos de consumo diário. Depois do capitão, McElroy era o oficial que mantinha mais contatos com os passageiros.
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Ao contrário dos oficiais do convés - que viviam e atuavam em seus "quartéis" ou na ponte de comando, em zonas que, por serem proibidas aos passageiros, tiravam-lhes qualquer oportunidade de contato com os viajantes -; o sobrecarga devia ocupar-se das relações públicas. Se, no almoço ou no jantar, sentar-se à mesa do capitão era um privilégio para os passageiros da primeira classe, ficar ao lado do sobrecarga significava a mesma honra para os passageiros da segunda classe.
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Tanto Smith, como McElroy eram bastante populares entre os costumeiros viajantes do navio e muitos deles voltavam a viajar na mesma embarcação porque guardavam boas lembranças de travessias anteriores. Nobres, pessoas famosas, homens ricos e poderosos, mulheres belas e fascinantes admiravam esse sobrecarga, pois o consideravam um homem de notável senso de humor, capaz de manter animadas conversas e de amenizar qualquer situação tensa, arrancando sorrisos dos rostos dos presentes. O fato de que para a elite e para sociedade internacional a fascinação exercida por Smith e McElroy era determinante na escolha de um navio incentivou a White Star Line a unir novamente, dessa vez no Titanic, a vencedora dupla do Olympic. Quando a bordo havia a presença de pessoas conhecidas do grande público, os diretores da companhia de navegação sabiam que poderiam atrair novos clientes, desejosos de estar ao lado do brilho das “estrelas”.
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McElroy nascera na Irlanda, no seio de uma família católica. Tinha ombros largos, era alto e um pouco mais jovem do que o capitão Smith. Era amante de certas expressões artísticas e cultivava-as tanto em terra, como a bordo. McElroy segui a mesma carreira de seu pai e quando embarcou no Titanic, já trabalhava há treze anos na White Star Line como oficial da Marinha Mercante.
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Na noite de 9 de abril, antes da viagem inaugural, McElroy e sua mulher foram ver o espetáculo de Adeline Genée, grande bailarina dinamarquesa da época. Terminada a representação, o sobrecarga enviou um buquê de rosas com as cores da bandeira dinamarquesa para o camarim da artista.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

TITANICMANIA

Na época da descoberta dos destroços do Titanic, a sobrevivente Eva Hart foi veementemente contra a retirada desses fragmentos de um desastre que, para ela, era melhor ser esquecido. “Deixem o Titanic em paz”, disse até morrer, em 1996.

O mundo, porém, não consegue deixar o navio em paz. Para aqueles que já se cansaram de ver e rever o filme de Cameron e outros filmes, além é claro dos documentários, há uma maneira mais direta e mais cara de conhecer o naufrágio: comprar o pacote de uma agência de viagens inglesa para ir até o local do acidente. Por US$ 33 mil, o Titanicmaníaco embarca numa viagem de cinco dias ao oceano Atlântico, com direito à visita subaquática às imediações onde o navio repousa, a quatro quilômetros de profundidade.

Os fãs que não puderem dispor de US$ 33 mil têm alternativa de embarcar em viagens virtuais, como no audacioso e futuro projeto em terceira dimensão que a National Geographic Society está produzindo. Outra opção são os diversos livros que descrevem o navio a cada centímetro quadrado. Há até um CD-ROM no mercado que, em clima de jogo de exploração, permite que o usuário passeie virtualmente pelos corredores do transatlântico, e toque em objetos famosos espalhados no seu interior.

terça-feira, dezembro 06, 2005

SOLUÇÃO DO JOGO TITANIC: DARE TO DISCOVER - PARTE III

Último post com as dicas para solução do jogo TITANIC: DARE TO DISCOVER. O jogo trata do naufrágio do RMS Titanic na madrugada do dia 15 de abril de 1912. O motivo do acidente não foi totalmente por causa do iceberg e sim por causas místicas e sobrenaturais. O estilo do jogo é simples e interessante, apesar de não ter muito o Titanic aparecendo, mas só por ser uma estória tendo ele como plano de fundo já é interessante. O jogo inicia-se em uma cidade submersa, que lembra muito a cidade perdida de Atlântida. Solução do jogo nos post dos dias 04, 05, 06 de dezembro.
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Dedico esses três post aos meus amigos:
Diego Pelegrino e Marcelo Freire.
Espero que com esta ajuda consigam terminar o jogo também.
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BOA SORTE!!!!
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DICA: Sempre salve o seu jogo!!!
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LABIRINTO VERMELHO

Estamos quase no final do jogo. Para entrar no "Labirinto Vermelho", vá para a torre do sino. Ao entrar vire a sua direita, caminhe em linha reta e pegue a barra de ferro e quebre a parede. Esta é a passagem para o "Labirinto Vermelho". Se tiver feito tudo certinho, nas seqüências acima, o "Labirinto Vermelho" estará iluminado, evitando que você caia no precipício. Depois deste labirinto encontra-se a "Destruição do Titanic" e o "Enigma das Pedras".
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Caso o "Labirinto Vermelho" esteja no escuro siga os seguintes passos: vá para frente uma vez, vire à direita, vire à esquerda, para frente duas vezes, vire à esquerda, para frente uma vez, vire à direita, para frente uma vez, vire à direita, para frente duas vezes, vire à esquerda, gire, como se fosse retornar e dê as costas para a parede, um passo para trás, gire novamente e fique de frente para a parede, clique na parede para abrir o portal.
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SUPER DICA: Quando eu cheguei ao final do "Labirinto Vermelho", utilizando as setas de direção do teclado, observei que não era mais permitido avançar. Ao tentar retornar, vi que o mostrador de direção, permitia que fosse dado um passo de costas, estando assim, mais próximo da saída. Então ao chegar ao final do labirinto, vire como se fosse retornar e dê um passo de costas para a parede. Retorne a posição normal e clique na parede para abrir o portal. Caso esteja utilizando o mouse para navegar pelo "Labirinto Vermelho", é só clicar na parede quando chegar no final da passagem.
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A DESTRUIÇÃO

Siga em linha reta três vezes, gire para a direita duas vezes, siga em linha reta três vezes e você alcançará o "Enigma das Pedras". Coloque sobre o retângulo as pedras que você pegou no "Cemitério".
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As pedras devem ser colocadas no lugar marcado na ordem que são mostradas na sua barra de navegação da esquerda para a direita e encaixadas no retângulo da direita para a esquerda.
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Após encaixá-las, clique sobre cada uma na parte superior afim de inverter as suas posições, girando todas as pedras se formará a imagem de uma constelação. Estando correto a posição, ela desaparecerá.
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ENIGMA DO ALFABETO

Assim que as pedras desaparecem, você estará em outro ambiente, partindo desse ponto, vire para a direita, depois em frente, vire para a esquerda, em frente novamente e você encontrará o retângulo claro na parede, clique, pois é o "Enigma do Alfabeto".
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De posse do "Enigma da Igreja" (são aqueles símbolos que você anotou na fase da Igreja), pressione os mesmos símbolos que foram iluminados na igreja. Estando certo a seqüência começa a apresentação do final do jogo. Este enigma deve ser a última coisa que você verá.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

SOLUÇÃO DO JOGO TITANIC: DARE TO DISCOVER - PARTE II

Continuando as dicas para solução do jogo TITANIC: DARE TO DISCOVER. O jogo trata do naufrágio do RMS Titanic na madrugada do dia 15 de abril de 1912. O motivo do acidente não foi totalmente por causa do iceberg e sim por causas místicas e sobrenaturais. O estilo do jogo é simples e interessante, apesar de não ter muito o Titanic aparecendo, mas só por ser uma estória tendo ele como plano de fundo já é interessante. O jogo inicia-se em uma cidade submersa, que lembra muito a cidade perdida de Atlântida. Solução do jogo nos post dos dias 04, 05, 06 de dezembro.
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Dedico esses três post aos meus amigos:
Diego Pelegrino e Marcelo Freire.
Espero que com esta ajuda consigam terminar o jogo também.
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BOA SORTE!!!!
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DICA: Sempre salve o seu jogo!!!

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O ENIGMA ATUAL

O "Enigma Atual" deve ser resolvido para passar completamente pelo "Labirinto Vermelho". Antes você deve pegar uma barra de ferro que esta em um prédio perto da torre do sino. A barra de ferro está no prédio com duas entradas e vários arcos desenhados na fachada. Ao entrar de uma olhada em volta da sala e verá a barra de ferro ao lado de uma prateleira.
Pegue a barra de ferro e vá para o prédio que esta à direita da torre do sino.
Quebre a parede que tem uma mancha rosa no centro, entre.
A solução do enigma é: (sempre da direita para a esquerda)
1ª Etapa: Coloque todas as barras para baixo.
2ª Etapa: Suba as três primeiras barras
3ª Etapa: Desça a terceira barra
4ª Etapa: Suba a quarta barra.
Quando você termina corretamente o enigma, a tela ficará azulada.

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O CEMITÉRIO

Há duas sepulturas que você pode abrir no cemitério. Uma das sepulturas contém o cetro, que você irá usar na igreja. Você deve colocar este cetro nas mãos de uma das estátuas que está dentro da igreja. A outra sepultura contém as quatro pedras, que você necessitará para resolver o "Enigma das Pedras", mais à frente.
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Cuidado! Quando você abre as sepulturas, os guardiões serão libertados! Não deixe que eles te peguem, pois, se você for pego uma vez, uma figura verde aparecerá mas você poderá continuar o jogo com todos os seus itens conquistados. Se você for pego pela segunda vez, uma figura vermelha aparecerá e você terá que começar o jogo novamente. Por isso sempre salve o seu jogo.
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ENIGMA NA IGREJA

De posse do cetro que você pegou no cemitério, corra para a igreja. Há uma estátua no fundo da igreja e é nela que você deverá colocar o cetro. Ao fazer isso um jogo de luz aparecerá iluminando uma laje que esta na frente do primeiro jogo de estátuas na entrada da igreja. Anote essa seqüência, pois irá precisar dela para resolver mais um enigma à frente.

(continua...)

domingo, dezembro 04, 2005

SOLUÇÃO DO JOGO TITANIC: DARE TO DISCOVER - PARTE I

No dia 28 de novembro, coloquei um post sobre o jogo TITANIC: DARE TO DISCOVER. O jogo trata do naufrágio do RMS Titanic na madrugada do dia 15 de abril de 1912. O motivo do acidente não foi totalmente por causa do iceberg e sim por causas místicas e sobrenaturais. O estilo do jogo é simples e interessante, apesar de não ter muito o Titanic aparecendo, mas só por ser uma estória tendo ele como plano de fundo já é interessante. O jogo inicia-se em uma cidade submersa, que lembra muito a cidade perdida de Atlântida. Solução do jogo nos post dos dias 04, 05, 06 de dezembro.

-Dedico esses três post aos meus amigos:
Diego Pelegrino e Marcelo Freire.
Espero que com esta ajuda consigam terminar o jogo também.
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BOA SORTE!!!!
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DICA: Sempre salve o seu jogo!!!
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O LABIRINTO MARROM

O "Labirinto Marrom" tem seis entradas. É fácil navegar pelo labirinto se você tiver o mapa do mesmo. Você pode encontrar o mapa na torre do sino. Entre na torre do sino e suba até o topo para pegar o mapa. No centro do labirinto tem um cristal que vai ser preciso para iluminar o "Labirinto Vermelho".
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DICA: No início do jogo, você está de costas para um paredão, tem a visão do lado esquerdo da Igreja e lado direito de um prédio. Dê um passo para frente, depois vire para direita, clique no muro ao lado da pilastra. Vai ter uma entrada para o "Labirinto Marrom", é a entrada mais fácil para se chegar ao centro do labirinto.
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Estando dentro do labirinto, do seu lado direito tem um corredor. Siga os seguintes passos – vá para frente três vezes, vire a esquerda, para frente três vezes, vire a esquerda, para frente uma vez, vire a esquerda, para frente uma vez, vire a direita, para frente uma vez, vire a direita, para frente uma vez, vire a esquerda, para frente uma vez, vire a direita, para frente uma vez, vire a direita, para frente uma vez, vire a direita. Pronto: entre no quarto com o cristal verde. Refaça o percurso ao inverso para sair, ou use outra saída de acordo com o mapa do labirinto.
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ENIGMA DO "CUBO"

O Enigma do "cubo" deve ser resolvido antes de entrar no "Labirinto Verde". O prédio para este enigma está situado transversalmente da igreja. É o prédio com as portas de vidro, entra e vai em direção à mesa que está na frente da porta na parede. A solução do enigma é: cubo 6 no fundo à esquerda uma vez, cubo 3 no alto à direita duas vezes, cubo 7 no fundo à esquerda uma vez. Haverá raios e trovões, logo depois os cubos desaparecerão. Clique na porta que está atrás da mesa dos cubos, com isto abrirá o "Labirinto Verde".
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O LABIRINTO VERDE

Uma vez dentro do "Labirinto Verde", siga em frente pelo corredor oito vezes, vire a direita uma vez, vá em frente uma vez. Pronto, dentro desta sala coloque o cristal no seu lugar. Há uma marca na parede indicando o local exato. Inverta todas as seqüências de entrada para sair do labirinto.

(continua...)

sexta-feira, dezembro 02, 2005

CARPATHIA - PEQUENO GRANDE HERÓI

RMS Carpathia, o navio de 13 toneladas, é melhor lembrado por ter sido o que respondeu aos sinais de perigo vindos do RMS Titanic, resgatando cerca de 700 sobreviventes do famoso desastre ocorrido em 1912.
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Seis anos mais tarde, o RMS Carpathia foi afundado ao ser torpedeado por um submarino alemão (U-47), a caminho dos Estados Unidos, vindo de Liverpool - o local do afundamento foi estimado como perto da costa da Irlanda, houve 215 sobreviventes e infelizmente 5 pessoas morreram no ataque.
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Apesar de haver testemunhas, a localização dos destroços era um mistério até sua recente descoberta pela equipe do NUMA - National Underwater & Marine Agency - em 1999, a 300 quilômetros do extremo sul da Inglaterra. Imagens de sonar (foto) mostram o naufrágio em boas condições, ainda inteiro, permitindo sua exploração para a recuperação de artefatos. Os destroços encontram-se a aproximadamente 170 metros de profundidade.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

OS QUATRO MONSTROS DO MAR

O post de hoje, saindo um pouco do contexto, é somente como nota de curiosidade. Ao ler achei interessante, pois é comentado o nome de quatro navios como “monstros do mar”, então resolvi colocar aqui para todos os visitantes.
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No dia 3 de janeiro, antes do amanhecer, o setor Central das Defesas de Bardia, é surpreendido por violento canhoneio. Começa a primeira batalha de 1941, a "Batalha de Bardia".
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A paisagem é desolada. A cordilheira litorânea termina no Mediterrâneo em grandes amontoados de rochas. O porto não passa de um pequeno ancoradouro. A estrada de Tobruk, faixa negra no deserto selvagem desce em ziguezagues perigosos até a aldeia, depois sobe até o planalto, para desaparecer na direção de Forte Capuzzo e da fronteira egípcia. Os italianos recuaram para esta posição precária após a derrota de Sidi-Barrani e a perda de Sollum. Graziani queria recuar mais, mas Mussolini, irritado, levantou a voz: as humilhações italianas já tinham sido suficientemente grandes para que se cogitasse de abandonar, voluntariamente, um único centímetro do Império. Bardia será defendida até o fim.
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Desta vez, o ataque já não é uma surpresa. Agora, os italianos sabem que a estratégia inglesa consiste em eliminá-los. Sempre na defensiva em relação à Alemanha, mas tranqüilos quanto à ameaça de um desembarque, os ingleses não mais temem enviar grandes contingentes para longe de sua ilha, atacando, com redobrada violência, o elemento mais fraco do Eixo. Desde agosto até dezembro, o Reino Unido tinha enviado 76.000 homens para o Egito, e os quatro “Sea Monsters” - Queen Elizabeth, Queen Mary, Aquitania e Mauretania - trouxeram, numa só viagem, do outro lado do mundo, da Austrália e da Nova Zelândia, 50.000 soldados que sufocavam de calor e no aperto da fornalha do mar Vermelho. Simultaneamente, 80.000 homens, dos quais 27.000 sul-africanos se levantaram, no Sudão e no Quênia, contra as colônias italianas da Etiópia e da Eritréia. Mussolini pensou que ia entrar na guerra apenas para se assentar a mesa da conferência de paz; vê-se agora, que a ele cabe a carga mais pesada e sangrenta da luta, enquanto o seu aliado alemão perde apenas algumas tripulações de aviões e de submarinos.

quarta-feira, novembro 30, 2005

A CONTROVÉRSIA DO LUSITANIA

No começo do século XX, as travessias entre a Europa e os Estados Unidos eram disputadas por grandes empresas de navegação. Entre as mais famosas estavam a Cunard e a White Star Line que em uma busca sem fim para dominar este filão de ouro, construíram verdadeiros palácios flutuantes como o Mauretania e o Lusitânia, o Titanic e o Olympic. Cada novo design buscava maior conforto para os passageiros, maior capacidade de carga e um menor tempo de navegação entre o velho e o novo mundo.
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A história do Titanic todo mundo conhece: um navio majestoso que em sua viagem inaugural se chocou com um iceberg e afundou levando cerca de mil e quinhentas vítimas. Já a história do Lusitânia passa despercebida, provavelmente por causa do estardalhaço causado pelo Titanic. O Lusitania tem como “vantagem” em relação ao Titanic à profundidade. Enquanto o mais famoso fica na faixa dos quatro mil metros, o Lusitânia esta a cerca de noventa e dois metros de profundidade. Com o advento de misturas Trimix, este naufrágio se tornou acessível aos mergulhadores. Mesmo antes das misturas gasosas se tornarem populares, mergulhadores visitaram os destroços usando ar. Se pudermos chamar um evento relacionado a naufrágios de “triste”, este seria o caso do Lusitânia.
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Tudo começou na primeira guerra e em 1915, as embaixadas imperiais da Alemanha anunciavam nos principais jornais, de preferência perto de anúncios sobre viagens transatlânticas, que um estado de guerra entre a Alemanha e a Grã Bretanha existia e que qualquer passageiro cruzando os mares em navios britânicos viajavam por conta e risco próprio. Este aviso não foi suficiente para persuadir 1.959 pessoas a não embarcar no Lusitânia para uma viagem à Grã Bretanha.
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Após vários dias de viagem sem nenhuma ocorrência, o navio se aproximou das ilhas britânicas sem saber que estava sendo vigiado de perto por um submarino alemão. Na madrugada do dia 7 de Maio de 1915, o U-20 disparou um torpedo que atingiu a proa do navio a boreste. Seguido ao impacto do torpedo, uma enorme explosão sacudiu o navio e o Lusitânia começou a afundar. Não mais que vinte minutos se passaram e o navio havia desaparecido levando consigo 1.200 pessoas.
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Após este incidente, os Alemães alegaram que o Lusitânia não era um alvo comum pois o mesmo carregava munições e armamentos para os britânicos. Debaixo de críticas da sociedade civil, o Lusitânia foi classificado como “alvo legítimo”. Muitas suposições foram feitas em relação ao naufrágio e as cargas a bordo. Alguns falam em uma enorme quantidade em ouro e a presença do diretor da Galeria Nacional de Arte da Irlanda entre os passageiros parece confirmar que algumas telas de Rubens, Monet e outros mestres da pintura estavam a bordo. Se estas pinturas tiverem sido transportadas em cilindros de zinco selados, como eram em algumas ocasiões, existe a possibilidade de elas ainda estarem preservadas no fundo do mar. O Lusitânia ficou esquecido por quase cinqüenta anos no litoral da Irlanda. Nos últimos trinta anos as coisas mudaram de rumo.
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Nos anos 60, um ex-mergulhador da marinha americana chamado John Light comprou os direitos de salvatagem (palavra usada para salvamento) do casco e da maquinaria do Lusitânia. Utilizando os primeiros tipos de Aqua Lung, Light e seu time exploraram os destroços por muitos anos atrás de respostas sobre o motivo do afundamento e de sua carga preciosa. Infelizmente, John Light faleceu em 1992 e todo o resultado do trabalho de pesquisa que realizara foi com ele para o túmulo.
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Em 1982, uma empresa de salvatagem americana, presidida pelo milionário Bemis Jr, trouxe a tona três dos quatro hélices de bronze do Lusitânia além de porcelanas e pratarias. O dono desta empresa alegou ter comprado os direitos de exploração dos sócios de John Light. Um dos belíssimos hélices do navio foi derretido e transformado em 3500 tacos de golf. Cada conjunto de tacos foi vendido por 9.000 dólares. Esta empresa utilizou de mergulhadores de saturação especializados contratados da empresa Oceaneering International.
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Em 1992, o Dr. Robert Ballard, descobridor do Titanic e do Bismarck iniciou uma investigação no Lusitânia. O objetivo era localizar o ponto de impacto do torpedo. Infelizmente não possível aos pequenos submarinos realizar penetrações no casco pois as passagens eram muito pequenas e apresentavam perigo real aos equipamentos. Os trabalhos foram cancelados.
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Após dois anos da expedição de Ballard, em 1994, uma equipe formada por mergulhadores Anglo-Americanos utilizando misturas Trimix esteve nos destroços. Entre eles estava o americano Gary Gentile, autor de livros de naufrágio e considerado por muitos como um dos melhores do mundo neste assunto. Esta equipe realizou dezenas de mergulhos no naufrágio durante duas semanas de operações. O que era para ser duas semanas de divertimento entre amigos se tornou um pesadelo: Não convencidos pelo atestado de posse dos destroços apresentados por Bemis Jr, à equipe mergulhou sobre protestos e tiveram que enfrentar uma acusação de invasão de propriedade. Bemis Jr alegou ser dono inclusive das fotos e filmes realizados no navio pela equipe.
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A discussão chegou à mídia e além de Bemis Jr, a viúva de John Light também alegou direitos sobre o navio além do Ministro Irlandês de Arte e Cultura que também quis impor uma lei de herança marítima sobre o naufrágio que jazia em águas irlandesas, proibindo a prática do mergulho na área sem permissão própria. A equipe de 1994 criou uma empresa para também poder entrar na justiça e disputar os direitos sobre o mergulho e imagens.
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Há alguns anos atrás, as cortes americana e irlandesas chegaram a um veredito: O milionário Bemis Jr realmente é o proprietário dos casco e acessórios do navio. Os Irlandeses ficaram com a carga e os pertences pessoais. O Grupo de Gary Gentile não foi acusado de invasão de propriedade. Eles publicaram o material sobre a expedição (Gary Gentile tem dois livros a respeito) mas os ganhos referentes à venda destes produtos foram revertidos para pesquisa do mergulho.
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Bemis Jr continua na batalha contra o governo Irlandês para reaver os direitos sobre a carga e objetos pessoais. E se acaso forem encontrados as pinturas, esta batalha promete ser longa.

terça-feira, novembro 29, 2005

A FICÇÃO QUE SE TORNOU REALIDADE

Um palácio flutuante fez-se ao mar em Southampton no ano de 1898, na sua viagem inaugural. Era o maior e o mais grandioso transatlântico jamais construído, dispondo de instalações luxuosas. Mas o navio, onde viajavam passageiros possuidores de fortunas consideráveis, nunca chegou ao seu destino, o seu casco foi rasgado por um icebergue e o navio afundou-se, com grande perda de vidas. Esse transatlântico existia apenas no papel, fruto da imaginação de um novelista chamado Morgan Robertson, que chamou Titan ao seu navio de ficção e Futility (Futilidade) à obra que escreveu.
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Tanto a ficção como a futilidade iriam converter-se numa terrível realidade. Catorze anos depois, um autêntico transatlântico de luxo partiu na mesma viagem inaugural. Também nele viajavam passageiros abastados. Também chocou com um icebergue e se afundou; e, tal como na novela de Robertson, o desastre causou a perda de inúmeras vidas, pois o navio não dispunha de barcos salva-vidas em número suficiente. A tragédia ocorreu na noite de 10 de abril de 1912. O navio era o Titanic.
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O Titan da novela de Robertson apresentava, para além do nome, muitos outros aspectos que o tornaram um duplicado do verdadeiro Titanic. Ambos tinham sensivelmente o mesmo tamanho, alcançavam a mesma velocidade e possuíam a mesma capacidade, que lhes permitia transportar cerca de 3000 passageiros. Eram ambos "insubmersíveis" e ambos se afundaram exactamente no mesmo local do Atlântico Norte. Mas as estranhas coincidências não se resumem a estas. O famoso jornalista W. T. Stead publicou, em 1892, um conto que se revelou uma previsão inquietante do desastre do Titanic. Stead, um espírita, era também uma das 1513 pessoas que pereceram quando o Titanic se afundou.
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Nem a novela de horror de Robertson nem o conto profético de Stead serviram de aviso ao comandante do Titanic em 1912. Mas a recordação daquela aterradora tragédia salvou outro navio em circunstâncias semelhantes 23 anos depois.
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Um jovem marinheiro de nome WilIiam Reeves encontrava-se de vigia à proa de um navio de carga que rumava de Tyneside para o Canadá em 1935. Corria o mês de Abril - o mês dos desastres com icebergues, reais ou fictícios, que assombravam o espírito do jovem Reeves. O seu quarto de vigia devia terminar à meia-noite, hora a que, ele sabia, o Titanic embatera no icebergue, com um mar igualmente calmo. Estes pensamentos tomaram forma e cresceram como presságios temíveis no espírito do marinheiro, que continuava a sua vigia solitária.
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Os seus olhos, cansados e raiados de sangue, perscrutavam o horizonte em busca de algum sinal de perigo, nada divisando para além de uma obscuridade impenetrável e sem horizonte. Teve medo de fazer soar o alarme, receando a troça de que seria alvo por parte dos seus companheiros. E teve medo de não o fazer. Subitamente lembrou-se da data exacta em que o Titanic se afundara - 10 de Abril de 1912. A coincidência era terrível: tratava-se do dia em que nascera. A crescente sensação de fatalismo dominou Reeves até se transformar numa certeza apavorante.
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Gritou um alarme e o timoneiro mandou fazer marcha à ré a toda a velocidade. O navio deteve-se num remoinho de espuma – a escassos metros apenas de um icebergue que se erguia ameaçadoramente na escuridão da noite. Rodeavam o cargueiro icebergues ainda mais atemorizadores e foram necessários 9 dias para que os quebra-gelos da Terra Nova conseguissem abrir caminho ao navio encurralado. O nome do pequeno navio que esteve tão perto de partilhar o destino do Titanic? Titanian.
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Estas informações foram retiradas do livro:
O GRANDE LIVRO DO MARAVILHOSO E DO FANTÁSTICO – 1977
Edição Selecções Reader´s Disgest – Tradução de Portugal.
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FOTO: Testemunha Ocular – Enquanto o Titanic se afundava, um passageiro, John B. Thayer, traçava estes desenhos a bordo de um salva-vidas. Nenhum outro sobrevivente, porém, declarou que o navio se partira a meio. Com um rasgão de 90 m no costado, o navio afundou-se em 2 horas e 40 minutos. Vitimando 1513 pessoas.
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O Post de hoje eu dedico
ao meu amigo Marlon Mario Delano da Silva.
Agradeço aqui os belíssimos desenhos que me enviara.

segunda-feira, novembro 28, 2005

TITANIC: DARE TO DISCOVER

Explore a destruição e determine você mesmo porque o navio que todos diziam insubmergível, não pode lutar com as forças que encontrou naquela noite fria de inverno.
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TITANIC: DARE TO DISCOVER (TITANIC: OUSE DESCOBRIR) é um jogo de aventura onde você poderá mergulhar nas profundezas do Oceano Atlântico e procurar pela verdade por trás do naufrágio do Titanic. Embarque em uma expedição subaquática na busca de indícios que levou ao fim o navio mais famoso da História dos Oceanos.
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No fundo do oceano, você encontrará uma cidade antiga escondida com artefatos e segredos estranhos. Você deverá explorar o local do naufrágio completamente a fim de revelar a força que trouxe realmente o Titanic para baixo.
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Resolva enigmas e indícios para progredir pelas ruínas da cidade e para desvendar alguns segredos. Tente decifrar uma língua antiga e aprender sobre os habitantes desta cidade subaquática misteriosa. Você encontrará o “Amulet Enigmatic of the Abyss” em toda parte, mas é um símbolo da benevolência ou do perigo? Descobrindo os segredos da cidade condenada, você resolverá também o mistério do naufrágio do Titanic.
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Titanic: Ouse descobrir – É intrigante, místico e mágico – é viver para contar suas histórias! Explore uma cidade antiga inacreditável. Que segredos este cemitério aquático esconde? Tente decifrar os indícios e desvendar os mistérios e os enigmas complexos das profundidades do oceano.

domingo, novembro 27, 2005

AS PRIMEIRAS DÚVIDAS – PARTE FINAL?

Finalmente, o que dizer sobre o número 39094 do casco do Titanic? À primeira vista, parece um número como outro qualquer; porém, escrito à mão e refletido em um espelho, se transforma na inscrição NO POPE “nenhum papa”.
Seria possível ignorar este detalhe, em meio ao clima de violento antagonismo entre católicos e protestantes em Belfast, onde fora construído o transatlântico?
Os operários católicos do estaleiro protestaram contra os responsáveis de Harland & Wolff, que lhes asseguraram tratar-se de uma simples coincidência. Entretanto, a resposta não impediu que o número fosse entendido como um funesto e ameaçador sinal. Até mesmo a rapidez da execução dos trabalhos alimentou a crença de que algum operário havia ficado preso entre os tabiques do casco, como uma sinistra vítima propiciatória. O certo é que, passados os fatos, qualquer acontecimento pode ser novamente interpretado como uma história fantasiosa, usada para demonstrar a veracidade da mais descabida hipótese. Para não cair em semelhante erro, é preciso retroceder à fatídica viagem e analisar os projetos e deliberações que precederam e determinaram a construção do maior e mais luxuoso navio do mundo.
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FOTO: O mistério do “número maldito”. Como podemos observar no desenho, o número do casco do Titanic (390904), escrito à mão e refletido em um espelho, se transforma na inscrição “NO POPE”.

sábado, novembro 26, 2005

AS PRIMEIRAS DÚVIDAS – PARTE II

Ainda em Queenstown, registrou-se outro pequeno episódio, que suscitou animadas conversas e certa preocupação entre os passageiros mais impressionáveis. Usando as escadas internas da quarta chaminé, outro fogueiro subira até o ponto mais alto do cilindro maior que, na verdade, não participava da eliminação da fumaça expelida pela casa de máquinas. A chaminé da popa, a última das quatro, era uma chaminé falsa: de acordo com os parâmetros estéticos da época, sua função era contribuir para aumentar a grandeza da nau, sendo apenas usada na ventilação dos ambientes internos. O fogueiro a escalou para se divertir, porque talvez precisasse respirar um pouco de ar fresco, ou ainda por puro exibicionismo; o certo, porém, é que a brusca aparição de seu rosto empretecido pela fuligem no alto da chaminé provocou sonoras gargalhadas entre alguns espectadores, ao passo que outros, mais temerosos, pensaram ter visto a materialização de um ser infernal, surgido das entranhas do navio, cuja missão era fazer-lhes lembrar que por trás de todo aquele luxo e segurança, acenavam-lhes forças desconhecidas e ameaçadoras. Seja qual fosse o motivo daquela curiosa escalada até a boca da chaminé, o incidente alimentou os falatórios sobre a estranheza do Titanic. Inclusive Henry Tingle Wilde, um dos primeiros-oficiais, em uma carta escrita a sua irmã, dizia que o navio não lhe agradava e que lhe causava uma estranha sensação.
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O que pensar então, da falta de binóculos no posto do vigia?
Foi um imperdoável esquecimento, ou uma tentativa de sabotagem?
Por que Ismay se encontrou em seu camarote com o primeiro - oficial da casa das máquinas, como se desejasse agir sem o conhecimento do capitão?
Devemos considerar o Titanic como uma representação da eterna tentação humana de superar os limites impostos pela natureza?
Por que escolheram aquele nome para o transatlântico? Reexaminando as páginas da mitologia, surge espontaneamente uma relação com o ocorrido no oceano na noite do dia 14 de abril daquele ano.
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FOTO: Em seus amplos porões, o transatlântico transportava milhares de cartas, muitas delas dirigidas aos emigrantes irlandeses que viviam nos Estados Unidos. Apenas em Queenstown foram embarcadas mais de 1.300 sacos de correspondência.

sexta-feira, novembro 25, 2005

AS PRIMEIRAS DÚVIDAS – PARTE I

Tudo corria tranqüilo, porém, um pequeno e insignificante detalhe destoava de todo aquele clima de perfeição: por que um fogueiro preferira desertar ao invés de prosseguir viagem? Seu nome era John Coffey, um jovem de 24 anos, natural de Queenstown, mas residente em Southampton, como a maior parte do pessoal de bordo. Até hoje não se conhece o motivo que o induziu a abandonar tão precipitadamente o transatlântico. Sabe-se, com certeza, que não foi acometido de uma possível e repentina fobia do mar, pois apenas alguns dias depois, embarcou no Mauretania, da companhia Cunard, para desempenhar a mesma função. Coffey teria visto algo que o amedrontara ao ponto de levá-lo ao abandono de suas obrigações? Pelo fato de trabalhar como fogueiro, teria ele, de alguma forma, sido responsável pelo incêndio que ainda ardia no depósito de carvão número 10, que alimentava a caldeira número 6?
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O fogo a bordo sempre foi considerado pelos homens do mar um dos mais temidos perigos, e não apenas na época em que os navios eram feitos com madeira, mas também no século XX, quando materiais novos e muito menos inflamáveis começaram a ser empregados. Desta forma, ter um depósito de carvão em chamas, quando se está prestes a enfrentar um oceano é uma situação delicada, que até hoje provoca toda uma sucessão de hipóteses e de interrogações, sem possibilidade de respostas claras e convincentes.
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FOTO: Para alguns poucos passageiros, a viagem a bordo do Titanic terminou na Irlanda. Acolhidos por uma multidão de curiosos, por amigos e parentes que lhes faziam uma infinidade de perguntas sobre o navio, provavelmente sentiram uma certa tristeza por serem obrigados a permanecer em terra. Naquele momento, nenhum deles imaginava o trágico destino reservado ao Titanic, bem como a muitos de seus companheiros de viagem, que continuaram a bordo do navio.

quarta-feira, novembro 23, 2005

DUAS HISTÓRIAS IGUAIS

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No filme, Leo é um passageiro que viaja em terceira classe, de condição humilde, que embarca no barco dos sonhos rumo à América onde espera ter sorte e conseguir fortuna. Numa hábil jogada de pôquer consegue o bilhete para a viagem que iria mudar a sua vida para sempre. Ele nunca poderia imaginar, embora tivesse o coração repleto de esperanças e emoções, que iria encontrar nesta viagem a paixão da sua vida, a mulher pela qual ele seria capaz de tudo, até de dar a vida. E muito menos poderia sonhar que essa mesma vida iria escapar-se-lhe para sempre nessa ida sem regresso. Para Joseph Dawson, a história foi tragicamente, semelhante. Joseph era um marinheiro de 23 anos cheio de sonhos. A viagem rumo à América não estava nos seus planos mas ficou super feliz quando, poucas semanas antes da partida do barco, conseguiu que o contratassem para fazer parte da tripulação. Ele, tal como o Jack do filme, estava bem abaixo do nível da diversão e das festas, na casa das máquinas, e a esperança foi a sua melhor companheira de jornada de trabalho. Queria chegar à América e começar uma nova vida. Joseph trazia consigo uma dor muito grande. A sua família tinha-se dividido, pois não aceitavam a mulher por quem ele se tinha apaixonado. Ele era católico e ela protestante e, na época, isso era motivo suficiente para que o amor deles fosse proibido. Mas a religião não foi entrave suficiente para deter Joseph. O amor que sentiam um pelo outro era maior que tudo, mais forte que credos, religiões ou intolerâncias. Tal como o Jack, Joseph lutou pelo seu amor contra tudo e todos, enfrentou inimizades e batalhas familiares que destroçaram toda a paz e convivência.
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Mas não se deixou abalar e casou com ela. Embora a raiva da família fosse tanta que até a foto do casamento foi rasgada justamente onde se encontrava a cara da noiva. Apesar disso, condenados por tudo e por todos viveram um amor super intenso. O único problema era econômico e por isso Joseph partiu sonhando dar uma vida melhor à família. E, tal como Jack, Joseph morreu nas frias águas do Atlântico. A mulher de Joseph, não viu o seu amor afogar-se no Atlântico como Rose, mas nem por isso a sua dor foi menor quando a White Star Line lhe enviou uma carta revelando-lhe a terrível desgraça.
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A semelhança entre as duas histórias é incrível. E a forma como o verdadeiro Joseph Dawson foi descoberto, também. Pouco tempo depois da estréia do filme Titanic,um jornal inglês publicou que tinha sido descoberta em Halifax, Nova Escócia, entre outras campas de vítimas do Titanic, uma lápide cujo nome inscrito era J.Dawson. Nesse momento milhares de admiradoras do filme começaram a ir visitar a campa. A única informação que havia sobre ele era que fazia parte da lista de pessoa mortas no afundamento do Titanic. Nada mais. Só que, pouco a pouco as informações foram começando a surgir e conseguiram descobrir a verdadeira história de Joseph. A família dele ainda continua a juntar peças para poder reconstruir este puzzle do passado mas ainda não conseguiram descobrir o nome e origem da sua bonita mulher. E o resto da família foi apanhada de surpresa. Cecília Whelligan, sobrinha de Joseph Dawson, que nunca foi ver o filme, ficou boquiaberta quando soube que um dos protagonistas de Titanic se chamava Jack Dawson. E que era Leonardo DiCaprio que interpretava o papel do seu querido tio Joseph. E imagina como ficaram os netos Oliver e Thomas de 8 e 11 anos ao saberem da história. O Leo DiCaprio estava a interpretar o papel do seu tio avo. Uauuu! Que emoção! Devem ter sido a maior sensação da escola, de certeza! E devem sentir-se super orgulhosos claro! Têm motivos de sobra para isso. É que romances tão grandes como o do seu tio-avô não acontecem todos os dias.
Com base em um texto retirado da
Revista Portuguesa - Super PopTeen

terça-feira, novembro 22, 2005

O HINO

O luxuoso transatlântico inglês "Titanic", em sua viagem inaugural, de Southampton (Inglaterra) para New York (Estados Unidos), ao colidir com um iceberg, no início da madrugada de segunda-feira, 15 de abril de 1912, sofreu um dos piores desastres marítimos da história, quando morreram 1.513 e sobreviveram 705 pessoas.
O navio era considerado pelos seus construtores como "insubmergível". Um inspetor do governo britânico, depois de rigorosa vistoria, afirmou: "Nem Deus conseguirá afundar este navio". Mas o navio afundou em menos de três horas.
A história do naufrágio tem muitas versões; também a do uso do hino "Nearer, my God, to Thee", de Sarah Fuller Flower Adams e Lowell Mason, traduzido com o título "Mais perto quero estar".
Segundo uma versão, a letra do hino foi cantada pelos passageiros, e a melodia executada pela banda do navio; essa versão provavelmente está baseada na música circunstancial dos filmes "Titanic" (1953), "A Night to Remember" (1958), "S.O.S. Titanic" (1979) e "Raise the Titanic!" (1980).
Mas foi contestada por espectadores ingleses desses filmes, que argumentaram não estar a melodia, associada na Inglaterra à letra de Sarah Adams; a letra teria sido cantada com outra melodia.
Agora, com o filme "Titanic" (1997), surge uma terceira versão: a letra não foi cantada; apenas três violinistas tocaram a melodia. Talvez porque, na opinião de James Cameron, diretor do filme, já não se cantam hinos tradicionais.

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NEARER, MY GOD, TO THEE
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Nearer, my God to Thee,
Nearer to Thee!
Even though it be a cross
that raiseth me,
Still all my song shall be,
nearer, my God, to Thee.
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Though like the wanderer,
the sun gone down,
Darkness be over me,
my res a stone.
Yet in my dreams I'd be,
nearer, my God to The.
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There let the way apper,
steps unto heaven;
All that Thou sendest me,
in mercy given;
Angels to beck on me
nearer, my God to Thee.
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Then, with my waking thoughts
bright with they praise,
Out of my stony griefs
Be thel I'll raise;
So by my woes to be
nearer, my God to Thee.
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Or, if on joyful wing
cleaving the sky,
Sun, moon, and stars forgot,
up ward I'll fly,
Still all my song shall be,
nearer, my God to Thee.
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Agradecimentos ao meu amigo Diego (www.theshiptitanic.cjb.net) pela foto e a letra do hino.

segunda-feira, novembro 21, 2005

MAIS UMA PERDA PARA WHITE STAR LINE

HÁ 89 ANOS ATRÁS NESTE MESMO DIA
NAUFRAGAVA O IRMÃO DO RMS TITANIC

O RMS Britannic foi o último dos três navios que a Harland and Wolff construiu para a White Star Line. A quilha foi construída antes da viagem inaugural do Titanic, mas a construção foi paralisada depois que o Titanic afundou. Antes da retomada da construção, vários mudanças foram feitas ao Britannic, inclusive um casco duplo e anteparas aprova d'água que alcançavam até o deck "B" - as antepara aprova d'água do Titanic só iam até o deck "E". Ele seria chamado de RMS Gigantic, mas foi mudado para Britannic logo após a catástrofe do Titanic.

Estas modificações fizeram do Britannic o maior tonelagem bruta, cerca de 48.158 toneladas. Como um navio hospital ele era aproximadamente 5% maior e provavelmente teria alcançado as 50.000 toneladas quando convertido a um transatlântico comercial. A White Star ficou obcecada com a segurança de seus navios depois do desastre do Titanic.

Ele foi lançado em 26 de fevereiro de 1914 e a White Star anunciou que ela faria a linha entre Southampton a Nova Iorque a partir da primavera de 1915. Com o início da Primeira Guerra Mundial, em 13 de novembro de 1915 ele foi requisitado pelo almirantado e oficialmente foi completado como um navio hospital. Sua parte interna quase completadas foi convertida em dormitórios e quartos operacionais. Atracou em Liverpool no dia 12 de dezembro de 1915 debaixo de uma pesada escolta armada. Foi equipado para a função de navio hospital com 2.034 cabines e 1.035 camas para vítimas. Um pessoal médico de 52 oficiais, 101 enfermeiras, 336 ordenanças, e uma tripulação de 675 homens e mulheres. O navio estava sob o comando do Capitão Charles A. Bartlett.

O Britannic foi comissionado como HMHS "His Majesty's Hospital Ship", Navio Hospital da Vossa Majestade. Sua primeira viagem em 23 de dezembro de 1915, com destino a Moudros na ilha de Lemnos. Ele foi juntar-se ao Mauretania, Aquitania, e seu irmão, o Olympic, no "Serviço de Dardanelles". Juntos os cinco navios eram capazes de levar 17.000 doentes e feridos ou 33.000 soldados. Por causa de seus tamanhos, os cinco navios inclusive o Britannic tinham que ancorar em águas muito profundas e confiar em oito navios balsas menores para transportar os feridos e doentes das docas do front de batalha até eles.

O Natal foi celebrado no Britannic quando ele estava rumo ao porto de carvão de Nápoles, onde chegou dia 28 de dezembro, 1915. Uma vez abastecido, ele partiu dia 29 de dezembro com destino a Moudros, onde passou quatro dias vendo o começo do ano de 1916 e resgatando 3.300 feridos e pessoal militar doente.

O Britannic retornou a Southampton em 9 de janeiro de 1916 onde os pacientes que transportava foram transferidos a hospitais em Londres. Sua segunda viagem foi pequena. Teve que ir buscar feridos em Nápoles e retornou a Southampton dia 9 de fevereiro de 1916. A terceira viagem foi igualmente monótona como as anteriores. Passou quatro semanas como hospital flutuante na Ilha de Wight Cowes. Após isso o Britannic voltou a Belfast em 6 de junho de 1916 e foi devolvido a White Star Line. A Harland and Wolff começou a convertê-lo para um navio de linha mais uma vez, mas o trabalho foi detido quando o Almirantado solicitou-o novamente para serviços de guerra. Então ele voltou uma vez mais a Southampton em 28 de agosto de 1916.

O Britannic começou sua quarta viagem em 24 de setembro de 1916 com membros do Departamento de Ajuda Voluntária, a bordo. Estes membros do DAV seriam transportados a Mudros. Seguindo para abastecimento em Nápoles, o navio chegou a Mudros no dia 3 de outubro de 1916. O Britannic foi detido em Mudros enquanto os funcionários investigavam a possível causa de intoxicação gastrointestinal que tiverem algumas pessoas. O navio retornou a Southampton em 11 de outubro de 1916.

A quinta viagem teve novamente a escala Southampton, Nápoles e Mudros. No último dia dessa viagem o Britannic enfrentou mares revoltosos e tempestades. Após enfrentar as tormentas retornou finalmente a Southampton com mais de 3.000 feridos. O Aquitania sofreu sérios danos durante a tempestade e deve que atracar para reparos. Por causa disso Britannic foi convocado para sua sexta viagem depois de quatro dias ancorado.

O Britannic partiu de Southampton num domingo, dia 12 de novembro de 1916. O tempo estava tranqüilo. Ele não levava nenhum "passageiro". No dia 17 de novembro de 1916, chegou a Nápoles, para abastecer e partir no sábado, mas uma tempestade feroz atrasou sua partida.

Terça-feira, 21 de novembro de 1916, um dia perfeito. O Britannic estava navegando pelo Canal de Kea no mar Egeu, em plena Primeira Guerra Mundial. Logo após as 8:00 da manhã, uma tremenda explosão golpeou o Britannic, adernou e começou afundar muito depressa pela proa. O Capitão Bartlett experimentou encalhar o Britannic na Ilha de Kea, mas não teve sucesso. Em 55 minutos, o maior transatlântico da Inglaterra, com apenas 351 dias de vida, afundou. A explosão ocorreu aparentemente entre a 2ª e a 3ª antepara a prova d'água e a antepara 2 e 1 também foram danificadas. Ao mesmo tempo, começou a fazer água na sala de caldeiras 5 e 6. Este era asperamente o mesmo dano que levou seu irmão, o Titanic, a afundar.

O capitão Charles Bartlett foi o último a abandonar o navio e infelizmente 30 pessoas morreram na ocasião quando havia mais de 1100 a bordo. A maioria destas mortes ocorreu quando os hélices emergiram das águas e sugou alguns barcos salva-vidas. Os motores ainda estavam em funcionamento, pois na correria de tentar encalhar o navio e ao mesmo tempo tentar entrar nos botes, esqueceram de parar os motores.

O Britannic está tombado de lado a apenas 350 pés (107m) de profundidade. Tão raso que a proa bateu no fundo antes dele afundar totalmente, e devido ao imenso peso do navio a proa se retorceu toda. Ele foi descoberto em 1976 em uma Exploração dirigida pelo oceanógrafo Jacques Cousteau. Ele está totalmente intacto exceto pelo buraco provocado pela explosão e pela proa curvada e retorcida.

É fácil distinguir o Britannic de seus irmãos, devido aos gigantescos turcos de barco salva-vidas, e também porque a maioria das fotografias suas mostram ele todo pintado de branco com uma faixa verde pintada no casco de proa a popa, separada apenas por 3 grandes cruzes vermelhas de cada lado, designando-o como um navio hospital. O HMHS Britannic nunca chegou a receber um centavo para transportar um passageiro.
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O Britannic é hoje o maior transatlântico naufragado.

domingo, novembro 20, 2005

BRITANNIC por Violet Jessop

Hoje terminamos as homenagens ao HMHS Britannic, que começaram no dia 14 com os trechos e comentários do livro de Violet Jessop. Amanha dia 21 completará 89 anos que o Britannic naufragou. Espero que todos tenham aproveitado os textos durante essas homenagens.
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Britannic Homenagem de Ryan Hill

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BRITANNIC
por Violet Jessop

Estávamos celebrando as festividades de Nossa Senhora em 21 de novembro de 1916. O sol banhava as janelas do salão-de-estar, do lado oposto aos semblantes das figuras de oficiais e homens ajoelhados durante a missa naquela manhã - manipulando seus rosários de miçangas.
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O padre, um homem alto, cuja face lembrava um despenhadeiro cheio de pedras ásperas. Seus olhos eram semelhantes aos das crianças, cheios de humor, dando-nos a todo tempo a impressão que pediam ao mundo para ser amável; porém, a timidez do seu dono o impedia e pedir qualquer coisa. Agora chegara o momento de ele enviar sua mensagem à congregação. À medida que elevava o sotaque irlandês, podíamos ver através do nosso inconsciente arrebatado, que este homem sabia exatamente como alcançar o lado do coração das pessoas simples e humanas. O padre passara muitos meses nas trincheiras e havia rumores de que gostaria de retomar.
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Assim que a missa terminou, todos saíram entre risos e alegria na sua presença. Os homens o adotaram como seu amigo e conselheiro. Era a pessoa mais popular do navio exceto para o major Priestley. O major - uma figura modesta, de poucas palavras, que estava sempre de braços abertos para ouvir qualquer um - havia escapado e ajudado a muitos outros fugirem da famosa prisão de Ruhleban. Era um verdadeiro herói para a tropa.
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Todos desceram as escadas para o café da manhã, conversando e contando piadas, pois esta hora era a mais alegre e esperada a bordo. A animação que emanava de todos encaixava-se plenamente com o árduo trabalho que nos aguardava - àquela tarde embarcariam os feridos em Moúdros - e todos sabíamos disso claramente. A zombaria predominava até na mesa do austero oficial comandante – percebi quando passei pelo salão levando o café para uma freira doente de quem cuidava.
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Subitamente, ouvimos um ruído ensurdecedor. O Britannic deu uma sacudida - uma longa vibração da popa à proa -, derrubando toda a louça sobre as mesas, quebrando objetos até que adquiriu o equilíbrio vagarosamente, e continuou sua jornada. Todos sabíamos que fora atingido.

Britannic Homenagem de Ryan Hill

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O salão inteiro colocou-se de pé, como se apenas um homem estivesse ali. Em pouco tempo médicos e enfermeiras desapareceram em direção aos seus postos. A copa, onde eu me encontrava segurando um bule de chá em uma mão e uma porção de manteiga na outra, estava livre, pois os homens largaram tudo o que tinham nas mãos pulando sobre as prensas com a agilidade de um gamo. Em segundos não se via uma só alma, nem se ouvia qualquer som.
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Isso contrastava, radicalmente, com as lembranças que guardava do destino do Titanic - um passado não muito distante. O breve período de calmaria com o qual nos deparamos, inesperadamente, deixou em mim uma impressão que passou a fazer parte da minha vida, de forma marcante. Mas agora era diferente. A guerra com todos os seus horrores antecipados e possibilidades medonhas, preencheram a imaginação daqueles que a temiam e ainda não previam o perigo. Fascinada, observei o movimento ao meu redor.
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Manuscritos de Violet Jessop, tripulante sobrevivente dos naufrágios do Titanic e Britannic e tripulante presente no acidente do Olympic com o Hawke
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Sobrevivente do Titanic, Ed. Brasil Tropical, págs. 228-229. Introdução, Edição e Comentários John Maxtone-Graham