quinta-feira, novembro 23, 2006

TITANIC - READER´S DIGEST - PARTE IV

Há alguns anos eu ganhei de uma amiga que mora em Nova Lima um xerox sobre o Titanic. O texto era antigo com alguns erros de gramática. Há pouco mais de dois meses eu por sorte consegui este livro. Hoje, coloco todo o texto, dividido em sete partes, aqui no Titanic Momentos, sem correção gramatical. Espero que gostem.
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O TITANIC NÃO AFUNDA
Hanson W. Baldwin
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O convés, os corredores e as salas estavam agora cheios de gente. Homens, mulheres e crianças perguntavam o que sucedera; ordens foram dadas para que preparassem os barcos salva-vidas; a água subia aos poucos nos alojamentos dos foguistas que vinham para o convés, nus da cintura para cima. Os passageiros, porém, - a maioria pelo menos - ainda não sabiam que o Titanic estava afundando. O choque fôra tão leve que alguns nem tinham acordado. O Titanic era insubmergível; por outro lado, a noite era tão linda e calma que a ninguém ocorria a possibilidade de um naufrágio.
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Na cabina do rádio, uma faísca azul tremulava incessantemente pedindo por socorro.
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A água já começara a inundar o bôjo do navio: às 12h e 20m, entrou pelo dormitório dos marinheiros, através de um tabique que acabara de ruir. As mangueiras das bombas se cruzavam na casa de máquinas, num vã tentativa de resistir ao mar. O nível da água ia subindo incessantemente.
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Os escaleres foram sendo arriados devagar, porque os marujos encarregados de fazê-lo tardaram a chegar aos seus postos. Não se tinha feito a chamada geral, e muitos dos membros da tripulação nem sabiam quais os escaleres para que se achavam designados.
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Às 12h e 30m da noite, a ordem passou de bôca em bôca: "As mulheres e as crianças devem tomar lugar nos barcos."Os encarregados dos escaleres acordavam os últimos passageiros nas cabinas de baixo. Puseram-se em ação os salva-vidas, e alguns homens sorriam daquele excesso de precaução: "O Titanic não afunda..."
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Enquanto isto, o Mt. Temple, atendendo aos pedidos de socorro, vem ao encontro do Titanic, e o Carpathia, com uma dose dobrada nas caldeiras, envia um radiograma: "Vindo a todo vapor." A natureza do aviso enviado pelo Titanic era de modo a fazer com que muitos navios mudassem de rota, menos o Californian, cujo radiotelegrafista acabara de deixar o seu pôsto, para recolher-se à cama.
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Às 12h e 45m, Murdoch, com uma expressão trágica nos olhos, mas sereno e calmo, dá ordens para que façam descer o escaler nº. 7. As mulheres protestam: não querem saber de passeios de barco num mar quase gelado como aquêle: o Titanic não afunda!
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Os homens procuraram persuadi-las, explicando que se trata apenas de uma medida de precaução. “As senhoras estarão de volta antes do café da manhã”. Há certa confusão. Os passageiros se dirigem devagar para o convés, onde se encontram os escaleres. Na terceira classe, os imigrantes comentam o fato com grande excitação.
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Subitamente, um assovio cortou o espaço e brilhou nas trevas um traço luminoso. Um foguete explodiu, e um pára-quedas de estrêlas prateadas iluminou o mar gelado. "Meu Deus! Foguetes!" A orquestra de bordo toca músicas alegres. O nº. 6 é lançado ao mar. Há apenas 28 pessoas num barco onde há lugar para 65.
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Páginas: 278 - 279.
Catástrofes, Desastres e Aventuras que comoveram o Mundo.
Seleções do Reader´s Digest – 1965

2 comentários:

Mário Monteiro disse...

Nossa a descrição do livro até ta óptima. parabéns

Anônimo disse...

oeeee, blz gatinhuuu???

d+++ como sempre, mto show

bom FDS... bjs :)