domingo, julho 22, 2007

TITANIC - PREFÁCIO - PARTE VII

Última parte do texto do Prefácio do Livro de Titanic de James Cameron.
Neste livro pode ser encontrada uma descrição detalhada do monumental esforço de milhares de artistas e artesãos na recriação acurada do "navio dos sonhos", incluindo a réplica do exterior em tamanho natural e o tanque de 64,4 milhões de litros projetados para o seu naufrágio; as novas descobertas dos mergulhos de Cameron até os destroços do navio em 1995; os estudos sobre o incrementado vestuário, maquiagem e cabeleireiros que definiam o estilo da "Era de Ouro"; um resumo dos impressionantes efeitos especiais do filme; e as entrevistas com o elenco e a equipe, todas associadas aos eventos históricos da viagem inaugural, e final, do Titanic.
Editora: Manole - Ano: 1998


Mas os destroços do navio falam por si, suas duas metades a quase 800 metros uma da outra, encostadas no fundo do mar. Por isso, a história não é apenas responsabilidade, é também um desafio... o desafio de separar as verdades das mentiras e das informações e concepções incorretas.
Nos aspectos em que os fatos são claros, fomos absolutamente rigorosos em apresentar os eventos. Onde são incertos, fiz minhas próprias escolhas; algumas delas podem ser polêmicas para os que estudam a história do Titanic. Apesar de nem sempre ter feito uma interpretação tradicional, posso garantir ao leitor e a quem viu o filme que as decisões são conscientes e bem-informadas, e não erros casuais de Hollywood.
E se às vezes as coisas parecerem espetaculares e dramáticas demais... é porque foram mesmo.
Estou escrevendo este texto perto do final da odisséia da produção. Estamos colocando a música e os efeitos sonoros finais, e há luz no fim do túnel depois de três anos de obsessão. Não tenho idéia de como o filme será recebido, tanto pela crítica quanto pelo mercado, mas sei que minha equipe e eu demos nossos corações por ele e tentamos assumir a missão de contar a história de Titanic com respeito, dedicação, humildade e amor.
Bem-vindo ao navio dos sonhos. Se precisar, você encontrará coletes salva-vidas sobre o guarda roupa.



James Cameron.

sexta-feira, julho 20, 2007

TITANIC - PREFÁCIO - PARTE VI

Continuação do texto do Prefácio do Livro de Titanic de James Cameron.
Neste livro pode ser encontrada uma descrição detalhada do monumental esforço de milhares de artistas e artesãos na recriação acurada do "navio dos sonhos", incluindo a réplica do exterior em tamanho natural e o tanque de 64,4 milhões de litros projetados para o seu naufrágio; as novas descobertas dos mergulhos de Cameron até os destroços do navio em 1995; os estudos sobre o incrementado vestuário, maquiagem e cabeleireiros que definiam o estilo da "Era de Ouro"; um resumo dos impressionantes efeitos especiais do filme; e as entrevistas com o elenco e a equipe, todas associadas aos eventos históricos da viagem inaugural, e final, do Titanic.
Editora: Manole - Ano: 1998


No convés B, em direção à popa partindo da escada, conseguimos chegar à luxuosa suíte do estibordo, reservada por J. P.Morgan, o homem mais rico dos Estados Unidos - que cancelou sua viagem no último momento. Dentro da suíte estão os restos dos móveis, baluartes nas paredes e a lareira que um dia foi belíssima. Sua fornalha de latão refletiu as luzes do nosso VOR como se fosse novinha em folha, enquanto um siri pálido e estranho da espécie Galathea arrastava se lentamente sobre ela.
No convés D,uma das portas giratórias do vestíbulo ainda está pendurada nas dobradiças, com sua tela ornada de bronze. Por essa porta, Molly Brown e John Jacob Astor passaram ao embarcar no Titanic vindos do pequeno navio Nomadic, em Cherbourg. Quando a senhora Rose vê a tela do vídeo e se imagina atravessando as portas de entrada do Titanic, as portas fantasmagóricas são de verdade. Exatamente como estão agora, enterradas na escuridão.
Integradas na trama do filme, estas imagens de vídeo possuem um poder emocional incontestável porque são reais, guiando nossas mentes pela devastação do tempo. Todo o resto que depois criamos para o filme teve esse mesmo nível de realidade. Um princípio rigoroso de exatidão absoluta envolveu cada departamento, desde o modelo e construção do cenário, até os setores de decoração, acessórios, figurino, cabeleireiros e efeitos visuais. Além da aparência dos objetos, todas as nuanças de comportamento humano tiveram que ser examinadas. Como as pessoas se movimentavam ou falavam, sua etiqueta, como a tripulação do navio desempenhava suas obrigações rotineiras e de emergência... todas essas coisas tinham que ser compreendidas antes de uma simples cena ser filmada.
Existem responsabilidades ao trazer um assunto histórico à tela, mesmo que meu primeiro objetivo, como diretor de cinema, fosse entreter o público. Pesquisas e mais pesquisas, contínuas e intermináveis, foram o segredo da completa exatidão. Mas, a partir da minha própria pesquisa, descobri que a história do Titanic é uma espécie de alucinação coletiva. Honestamente não é de se surpreender, por exemplo, que a descrição dos membros da tripulação seja diferente da dos passageiros, e que os relatórios da primeira classe não tenham nada a ver com os da terceira. Conscientemente ou não, cada sobrevivente tem motivos para lembrar dos eventos de maneira particular. O Segundo Oficial Lightoller, que claramente encobriu muitos aspectos do naufrágio em seu testemunho, declarou enfaticamente que o navio não se partiu ao meio. Como oficial de maior patente entre os sobreviventes da tripulação, seu testemunho foi mais respeitado que o dos inúmeros sobreviventes, que apresentaram declarações lúcidas contrárias sobre o fato. Por isso, o testemunho de Lightoller tornou-se histórico, participando da alucinação coletiva, e todos os relatórios subseqüentes, incluindo o excelente S.O.S. Titanic, mostram o navio inteiro deslizando graciosamente para o fundo do mar.



(continua...)

quarta-feira, julho 18, 2007

TITANIC - PREFÁCIO - PARTE V

Continuação do texto do Prefácio do Livro de Titanic de James Cameron.
Neste livro pode ser encontrada uma descrição detalhada do monumental esforço de milhares de artistas e artesãos na recriação acurada do "navio dos sonhos", incluindo a réplica do exterior em tamanho natural e o tanque de 64,4 milhões de litros projetados para o seu naufrágio; as novas descobertas dos mergulhos de Cameron até os destroços do navio em 1995; os estudos sobre o incrementado vestuário, maquiagem e cabeleireiros que definiam o estilo da "Era de Ouro"; um resumo dos impressionantes efeitos especiais do filme; e as entrevistas com o elenco e a equipe, todas associadas aos eventos históricos da viagem inaugural, e final, do Titanic.
Editora: Manole - Ano: 1998


Esta dedicação exclusiva aos objetivos técnicos atrasaram minhas reações emocionais ao naufrágio, até o segundo mergulho. E, de repente, aquilo me atingiu em cheio. Eu estava no convés do Titanic. O tempo desapareceu. Ali estava o turco com o qual foi lançado o bote salva-vidas número 1, que levou Lucille e Sir Cosmo Duff Gordon para um lugar seguro. Depois ele foi usado para lançar o Articulado C, mas não antes de Bruce Ismay pular dentro dele e entrar para a história como o arquiteto responsável pelo destino do Titanic, sentado confortavelmente em um bote salva-vidas enquanto 1500 pessoas gritavam no navio que estava afundando. Eu podia ver o Capitão Smith despedindo-se dos seus homens um pouco antes da água entrar como uma onda enorme pelas grades da ponte de comando. Eu via o Primeiro Oficial Murdoch, quando veio a saber que o fracasso dos seus esforços para virar o leme do navio a tempo condenaria mais de mil pessoas a congelar até a morte, e que ainda conseguiu agir de forma heróica ao lançar os botes nos últimos minutos do navio.
Quando voltei ao Keldysh depois daquele mergulho, estava invadido pela emoção. Eu conhecia tão intimamente o evento por causa das minhas pesquisas e agora estava no convés do navio... aquilo me encheu de emoção. Chorei pelos inocentes que haviam morrido ali naquele local. Foi quando percebi que o meu projeto e o meu filme estariam destinados ao fracasso se eu mostrasse apenas o fato em si e não conseguisse retratar a emoção daquela noite.
No último dos doze mergulhos, pilotamos o VOR Snoop Dog, nossa sonda robô de Hollywood, entre os destroços do navio. Em um local no qual os cientistas não ousariam arriscar seus robôs de milhões de dólares explorando o interior do Titanic, nós continuamos em frente, às vezes cegamente. Mas o Snoop Dog estava indo tão bem que eu não pude resistir, apesar do meu julgamento racional. Fui seduzido pelas sombras tentadoras do interior dos portais e de debaixo da grande escadaria.
Continuando com um enorme cuidado para não estragar nosso veiculo ou o seu cabo umbilical, exploramos espaços que não eram vistos pelos olhos humanos desde 1912. As imagens de vídeo que chegavam do submarino Mir excediam minhas expectativas mais loucas. O fantasma desse navio, que um dia foi resplandecente, ainda reside em suas entranhas. Desde o descobrimento dos destroços em 1985, acreditava-se que os moluscos que se alimentam de madeira haviam devorado os finos ornamentos do navio, mas nós vimos colunas de carvalho entalhado a mão e painéis de parede em um notável estado de conservação. A tinta branca da área de recepção e do salão de jantar, que ficava adjacente, ainda brilha nos relevos mais profundos dos elegantes padrões entalhados.



(continua...)

segunda-feira, julho 16, 2007

TITANIC - PREFÁCIO - PARTE IV

Continuação do texto do Prefácio do Livro de Titanic de James Cameron.
Neste livro pode ser encontrada uma descrição detalhada do monumental esforço de milhares de artistas e artesãos na recriação acurada do "navio dos sonhos", incluindo a réplica do exterior em tamanho natural e o tanque de 64,4 milhões de litros projetados para o seu naufrágio; as novas descobertas dos mergulhos de Cameron até os destroços do navio em 1995; os estudos sobre o incrementado vestuário, maquiagem e cabeleireiros que definiam o estilo da "Era de Ouro"; um resumo dos impressionantes efeitos especiais do filme; e as entrevistas com o elenco e a equipe, todas associadas aos eventos históricos da viagem inaugural, e final, do Titanic.
Editora: Manole - Ano: 1998


Desde o momento em que tive esse pensamento, soube não apenas que tinha de fazer o filme, mas também que, ao fazê-Io, teria de filmar o barco real... de alguma forma.
Demorou alguns anos para preparar tudo, mas finalmente conseguimos montar uma expedição de "mergulho ao fundo do mar", que compreendia os seguintes componentes: um navio russo de pesquisas, o Akademik Mstislav Keldysh, a maior embarcação deste tipo no mundo; dois submarinos, Mir 1 e Mir 2, que estão entre os cinco únicos veículos do mundo que podem ir até os destroços do navio, um veículo de operação remota (VOR) chamado de Snoop Dog, construído para o filme mas funcional nas profundezas do Titanic; e uma câmera especialmente projetada, instalada em um compartimento à prova de pressão, a primeira a funcionar fora de um submarino no fundo do oceano, e era acoplada a um aparelho de inclinação para efeito panorâmico dos seus movimentos naturais. Adicione a isso um conjunto de fortes luzes subaquáticas e uma dedicada equipe de engenheiros, técnicos de filmagens, cientistas marinhos e corajosos marinheiros russos, norte-americanos e canadenses; e você terá a primeira expedição de mergulho na história de Hollywood.
Cada expedição era planejada como uma missão lunar: horas de simulação do movimento dos submarinos com miniaturas e sistemas de vídeo, com gráficos, diagramas e listas de cenas direcionados a cada equipe antes de cada mergulho. Invariavelmente, tudo dava errado quando chegávamos ao local do naufrágio. O piloto olha por uma pequena escotilha e tem uma visibilidade muito restrita enquanto manobra seu veículo de dezoito toneladas ao redor do navio naufragado, lutando contra correntes fortes imprevisíveis e escuridão total. Além disso, imagine um diretor maluco querendo que os dois submarinos fiquem mais próximos um do outro, enquanto navegam ao redor de uma montanha de metal enferrujado cheia de perigosos cabos de aço. e você terá uma boa receita de diversão.
Os mergulhos, para mim, consistiam de duas horas e meia de tédio, seguidas por dez a doze horas de concentração intensa e ininterrupta, enquanto posicionávamos simultaneamente os dois submarinos, o conjunto de luzes e a câmera na escuridão congelada e em constante movimento, com equipes que mal falavam inglês. Assim eram as nossas tentativas de filmar o Titanic de uma forma que nunca havia sido feita antes.



(continua...)

sábado, julho 14, 2007

TITANIC - PREFÁCIO - PARTE III

Continuação do texto do Prefácio do Livro de Titanic de James Cameron.
Neste livro pode ser encontrada uma descrição detalhada do monumental esforço de milhares de artistas e artesãos na recriação acurada do "navio dos sonhos", incluindo a réplica do exterior em tamanho natural e o tanque de 64,4 milhões de litros projetados para o seu naufrágio; as novas descobertas dos mergulhos de Cameron até os destroços do navio em 1995; os estudos sobre o incrementado vestuário, maquiagem e cabeleireiros que definiam o estilo da "Era de Ouro"; um resumo dos impressionantes efeitos especiais do filme; e as entrevistas com o elenco e a equipe, todas associadas aos eventos históricos da viagem inaugural, e final, do Titanic.
Editora: Manole - Ano: 1998


Uma história épica de amor, ironicamente, deve ser feita de curtos momentos íntimos que parecem naturais e familiares, ao mesmo tempo em que se tornam parte da trama por acontecer junto com eventos que estão além da escala humana. Um dá força ao outro.
A minha tarefa mais difícil no Titanic não foi, como poderia se esperar, a criação do grande espetáculo. Foi a invenção dos momentos íntimos, na hora de escrevê-Ios e no trabalho subseqüente com Kate Winslet e Leonardo DiCaprio. Nós três sabíamos, para nosso próprio terror, que o destino do nosso Titanic dependia da habilidade de direcioná-Io corretamente através dos bombásticos icebergs e de criar um coração vivo para o filme a partir de gestos, olhares, sorrisos tentadores, frases interrompidas... o vocabulário de um amor que está nascendo.
Mas se nós, o público, conseguimos nos apaixonar por Jack e Rose da mesma forma que eles se apaixonam um pelo outro, então deixamos de observá-Ios e passamos a olhar sobre seus ombros, a ver através dos seus olhos os acontecimentos de uma das noites mais horríveis do século XX. E então há um ciclo completo: o filme deixa de ser sobre o Titanic para ser uma história de amor que casualmente aconteceu no convés do navio, e voltar novamente para a emoção real do Titanic. Sentindo o medo, a perda e o sofrimento de Jack e Rose, no final acabamos vivendo o sentimento daquelas 1500 pessoas.
O último ingrediente que decidi incorporar, ao procurar tornar a história viva e palpável, foi uma conexão com o presente, com a Rose envelhecida, contando a história. Achei que isso iria conectar o passado com o presente, e através do artifício da sua memória, investiria ainda uma camada de emoção. Este recurso de fazer Rose contar a história também permitiu a comparação cinematográfica entre os restos do navio, que agora estão nas profundezas do mar, e o navio no clímax da sua glória... desde a noite eterna até a luz do sol e de volta para a noite.
No mesmo momento me ocorreu, como um raio... o Titanic não é um mito. Ele não apenas existiu... ele ainda existe. Está agora no seu leito marinho, quatro quilômetros abaixo do local em que atingiu o iceberg há tantos anos. E se você for ousado o bastante, pode ir até lá e vê-Io.
E filmá-Io.



(continua...)

quinta-feira, julho 12, 2007

TITANIC - PREFÁCIO - PARTE II

Continuação do texto do Prefácio do Livro de Titanic de James Cameron.
Neste livro pode ser encontrada uma descrição detalhada do monumental esforço de milhares de artistas e artesãos na recriação acurada do "navio dos sonhos", incluindo a réplica do exterior em tamanho natural e o tanque de 64,4 milhões de litros projetados para o seu naufrágio; as novas descobertas dos mergulhos de Cameron até os destroços do navio em 1995; os estudos sobre o incrementado vestuário, maquiagem e cabeleireiros que definiam o estilo da "Era de Ouro"; um resumo dos impressionantes efeitos especiais do filme; e as entrevistas com o elenco e a equipe, todas associadas aos eventos históricos da viagem inaugural, e final, do Titanic.
Editora: Manole - Ano: 1998


A história do Titanic parecia uma enorme tela aguardando uma pintura romântica, uma tela que oferecia todo o espectro das várias emoções humanas. O maior dos amores pode ser medido apenas contra a maior das adversidades, e o maior dos sacrifícios seria definido da mesma maneira. O Titanic, em toda a sua terrível grandiosidade, abre essa possibilidade como nenhum outro evento histórico.
O naufrágio do Titanic é um dos eventos históricos descritos com mais detalhes, graças aos inquéritos americanos e ingleses, e às décadas de pesquisas conduzidas por Walter Lord e outros grandes historiadores como Don Lynch, que seguiram seu exemplo. Depois de seis meses de pesquisas, eu havia compilado uma linha do tempo altamente detalhada, que descrevia a ordem dos acontecimentos no navio em suas últimas horas, os paradeiros e ações dos passageiros e da tripulação até o último minuto. Fiz deste o principal objetivo da produção, um objetivo que teria de ser cumprido por todas as pessoas envolvidas: honrar os fatos em seus mínimos detalhes.
Queria ser capaz de dizer ao público, sem o menor sentimento de culpa: isto é real. Foi o que aconteceu, exatamente assim. Se você entrasse em uma máquina do tempo e fosse parar no convés do Titanic, seria isto que você iria ver... O Segundo Oficial Lightoller estaria ali, no bote salva-vidas número 6, Wallace Hartley estaria conduzindo a orquestra em uma valsa animada a alguns metros, perto do portal de entrada da primeira classe, e Mestre Quarteleiro Rowe estaria disparando os rojões de S.O.S. exatamente... agora!
Perdidos no meio desta torre impassível de fatos históricos estão Jack e Rose. Eu teci o romance desde a popa até a proa incluindo todos os eventos e locais interessantes, para permitir que o público experimentasse o otimismo e a magnitude do navio de uma forma que nem a maioria dos passageiros sentiu. Eles dividem o palco com personalidades históricas como o Capitão Smith, Thomas Andrews e Molly Brown, que se tornam mais reais e pessoais por causa de sua interação com os jovens namorados. Todos os momentos aparentemente inocentes que passamos com Jack e Rose são obscurecidos pela lancinante verdade de que o navio - e dois terços das pessoas a bordo - está condenado.



(continua...)

terça-feira, julho 10, 2007

TITANIC - PREFÁCIO - PARTE I

Prefácio do Livro de Titanic de James Cameron.
Neste livro pode ser encontrada uma descrição detalhada do monumental esforço de milhares de artistas e artesãos na recriação acurada do "navio dos sonhos", incluindo a réplica do exterior em tamanho natural e o tanque de 64,4 milhões de litros projetados para o seu naufrágio; as novas descobertas dos mergulhos de Cameron até os destroços do navio em 1995; os estudos sobre o incrementado vestuário, maquiagem e cabeleireiros que definiam o estilo da "Era de Ouro"; um resumo dos impressionantes efeitos especiais do filme; e as entrevistas com o elenco e a equipe, todas associadas aos eventos históricos da viagem inaugural, e final, do Titanic.
Editora: Manole - Ano: 1998


A tragédia assumiu um caráter quase mítico na imaginação coletiva, mas, com o tempo perdeu sua face humana. Seu status em nossa cultura transformou-se em uma história de moralidade, mencionada com mais freqüência como metáfora em charges políticas do que um evento real. Decidi fazer um filme que trouxesse aquele evento à vida, quis humanizá-lo: não um documentário dramático, e sim um retrato da história real. Eu quis colocar o publico no navio, nas suas últimas horas, para que vivesse o trágico evento em sua terrível e fascinante glória.
O maior desafio de fazer um novo filme sobre um assunto tão discutido é o próprio fato de a história ser bem conhecida. O que dizer que ainda não foi dito? O único território que senti que não havia sido explorado nos filmes anteriores era o do coração. Eu queria que o público chorasse pelo Titanic, o que significa chorar pelas pessoas que estavam no navio, portanto, chorar por qualquer alma perdida no instante de sua morte. Mas a morte de 1500 inocentes é muito abstrata para comover o coração, apesar de imaginarmos a quantidade facilmente.
Para experimentar plenamente a tragédia do Titanic, para ser capaz de compreendê-Ia no aspecto humano, parecia necessário criar uma tocha emocional para guiar o público, apresentando dois protagonistas que o conquistassem, e depois levá-Ios ao inferno. Jack e Rose nasceram a partir desta necessidade, e a história do Titanic transformou-se na história deles. Senti que meu filme deveria ser, antes de tudo, uma história de amor.
E o que poderia ser mais romântico, no sentido mais comovente da palavra, do que o Titanic, com suas histórias de homens e mulheres torturados em massa pelo destino cruel, das viúvas procurando nos rostos dos poucos homens sobreviventes os seus maridos ou namorados, das terríveis perdas e danos da manhã seguinte... de tantos corações partidos.



(continua...)

sexta-feira, julho 06, 2007

MAIS OBJETOS LEILOADOS


Dando continuidade ao post do dia 28/06, sob o leilão do diário do SS Mackay-Bennett -
http://titanicmomentos.blogspot.com/2007/06/dirio-de-bordo-do-ss-mackay-bennett.html - mais de 18 objetos relacionados ao Titanic, um dos maiores desastres navais da história em tempo de paz, foram vendidos também no dia 28, do mês passado, pela Chrisitie's, em Nova York. Entre as peças estão fotos e livros de passageiros. Coleção reunia também adornos de grandes navios e barcos a vapor.

Foto 1 - Foto dos passageiros: Oscar Johnson, Eleanor Ileen Johnson, e de um homem não identificado, que foram resgatadas do naufrágio do Titanic.

Foto 2 - Desenho do navio feito à mão pela passageira Laura Marie Cobb.

Foto 3 - Livro dos passageiros de primeira classe do Titanic.


Post dedicado ao Oficial Rodrigo Piller

terça-feira, julho 03, 2007

NAUFRÁGIO DO TITANIC - MAQUETE



Vídeo bem criativo sobre o naufrágio do Titanic. Essa maquete esteve à venda no exterior, infelizmente não é encontrada no Brasil.


Post dedicado ao Oficial Mário Silva.