domingo, novembro 30, 2008

O EMBARQUE DE ALGUNS DA PRIMEIRA CLASSE - PARTE I


Quarta-feira - 10/04/1912 - 11h00min


Chega ao porto o trem londrino da Primeira Classe. Traz passageiros afamados pela riqueza ou suas atividades, que logo embarcam:

Cabine B38 - Archibald Butt, 46, norte-americano, jornalista, diplomata e assessor militar dos presidentes Theodore Roosevelt e William Taft, de retorno aos Estados Unidos após seis semanas de férias na Europa. A 21 de março, avistou-se com o Papa Pio X, entregando carta em que o Presidente Taft agradecia a nomeação de três cardeais norte-americanos.

Cabine C123 - Jacques Futrelle, 37, norte-americano, jornalista, dramaturgo, autor de novelas policiais que vão influenciar Agatha Christie, e sua esposa Lily May, 35, ela também escritora. Voltam para casa ao fim de uma temporada na Europa. Ontem, 9 de abril, Jacques comemorou seu aniversário em Londres. A festa terminou às 3h, e o casal veio para Southampton sem ter dormido.

Cabine C55 - Isidor Strauss, 67, norte-americano, um dos milionários a bordo, proprietário da loja de departamentos Macy's, de Nova York, e sua esposa Rosalie Ida, 63, que retornam de um passeio europeu, na companhia de dois criados.

Cabines C80-82 - George Widener, 50, norte-americano, possuidor da maior fortuna da Filadélfia, diretor do Fidelity Trust Company of Philadelphia, o banco controlador da IMM, com a esposa Eleanor, 50, e o filho Harry, 27, este um colecionador de obras raras, entre elas um Primeiro Fólio, de Shakespeare, e uma Bíblia de Gutenberg. Estiveram em Paris e em Londres, a passeio.

Cabine B77 - Lucy Noël Martha, Condessa de Rothes, 33. Viaja para Vancouver, no Canadá, na companhia da sobrinha Gladys Cherry e de uma governanta.

Cabine C104 - Arthur Peuchen, 52, canadense, major de brigada e empresário, presidente da Standard Chemical Company, a maior fábrica de acetona do mundo, filho e neto de construtores de estradas de ferro na Inglaterra e na América do Sul.

Cabine C46 - Julia Cavendish, 25, norte-americana, filha de Henry Siegel, presidente da Simpson-Crawford Co., que vai aos Estados Unidos visitar o pai, na companhia do marido, o bri­tânico Tyrrell Cavendish.

Cabine C52 - Hugh Woolner, 45, britânico, empresário, diretor de várias companhias, filho do escultor Thomas Woolner.

Cabine C87 - William Stead, 62, britânico, autor da premonitória novela de 1886, jornalista de grande influência na Inglaterra, pacifista de prestígio internacional e candidato ao Prêmio Nobel da Paz em 1901, viaja a Nova York a convite do Presidente Taft, para proferir palestra em congresso sobre a paz no Carnegie Hall, no próximo dia 21.

Cabine B69 - Charles Hays, 55, norte-americano, proprietário de ferrovias e hotéis no Canadá, esteve em Londres a negócios, acompanhado da esposa Clara, 52.

Cabine C101 - Caroline Brown, 59, Malvina Cornell, 55, e Charlotte Appleton, 53, norte-americanas, filhas de Charles Lamson, principal acionista da empresa de navegação Charles H. Marshall & Co., proprietária da Black Ball Line, de Liverpool. Viajaram à Inglaterra para as cerimônias fúnebres de um familiar.

Cabine C51 - Archibald Grade, 53, norte-americano, coronel do exército, escritor e empresário, pertencente a uma abastada família nova-iorquina, de regresso aos Estados Unidos após uma excursão à Europa.


Fonte: O Crepúsculo da Arrogância – Sérgio Faraco – Páginas 35,36 e 37

quinta-feira, novembro 27, 2008

SORTE OU MÁ SORTE?

Todos nós conhecemos a tragédia do RMS Titanic, que naufragou na madrugada do dia 15/04/1912, a sorte de todos aqueles sobreviventes que tiveram a oportunidade de entrar num bote salva-vidas.
No caso de alguns, será que foi sorte?


Anna “Mary Joseph” Peter, terceira classe, bote C, morrerá em 1914, no incêndio de sua casa.

Annie Robinson, tripulante, bote 11, suicida-se em 1914, lançando-se ao mar da amurada do navio Devonian, da companhia Leyland Line.

Archie Jewell, tripulante, bote 7, morrerá num naufrágio em 1917.

Charles Hallace Romaine, primeira classe, bote 9, morrerá atropelado por um táxi em 1922.

Daniel Buckley, terceira classe, bote 13, morrerá em 1918, na Primeira Guerra Mundial, a serviço das forças britânicas.

Dorothy Winifred Gibson, primeira classe, bote 7, dirigindo o automóvel de seu namorado, em 1913, atropelará e matará um homem.

Elizabeth Hocking, segunda classe, bote 4, morrerá em 1914 nos EUA, em acidente de trânsito.

Eugenia Baclini, terceira classe, bote C, morrerá em 30/08/1912 de meningite, seqüelas do naufrágio.

Frederick Fleet, tripulante, bote 6, vai suicidar-se em 1965, por enforcamento.

George Brereton, primeira classe, bote 9, suicida-se em 1942.

Henry William Frauenthal, primeira classe, bote 5, em 1927 pula para a morte do 7º andar de um hospital.

John Borland Jr Thayer, primeira classe, bote B, suicida-se em 1945, após ter perdido um filho na Segunda Guerra Mundial.

Juha Niskänen, terceira classe, bote 9, suicida-se em 1927.

Maria Nakid, terceira classe, bote C, morrerá em 30/07/1912 de meningite, seqüelas do naufrágio.

Oskar Johansson Palmquist, terceira classe, bote 15, será assassinado por afogamento em 1925 nos EUA.

Reginald Hardwick, tripulante, bote 11, morrerá em 1918, a serviço das forças britânicas na Primeira Guerra Mundial.

Robert Douglas Spedden, primeira classe, bote 3, morrerá três anos depois atropelado por um automóvel.

Washington Dodge, primeira classe, bote 13, suicida-se em 1919, abalado por dificuldades financeiras.

William Weller, tripulante, bote 7, morrerá num naufrágio em 1926.


Post dedicado aos meus amigos titânicos:
Oficial Aislan e Oficial Amauri.

segunda-feira, novembro 24, 2008

RELATO DE BEESLEY E DODGE


O naufrágio do RMS Titanic sempre tem uma surpresa, por mais simples que seja, sempre encontramos algo que nos faz pensar um pouco no que ocorreu em determinados momentos.

Tais depoimentos abaixo não correspondem ao que se passa no navio. Não há lugares sobrando no bote número 13, não são apenas oito mulheres e nem o convés está deserto. Os homens se adiantam e saltam pelas janelas. Murdoch arria do convés A de estibordo o bote número 13, com 64 pessoas (21 homens, 35 mulheres, 8 crianças).

Artigo de Lawrence Beesley, 24 anos, passageiro da Segunda Classe, para o jornal London Times:

Embarquei no bote 13, no convés A, depois que uma chamada para mulheres e crianças foi repetida três vezes, sem resultado. Como não havia mulheres à vista, fui convidado a embarcar. Eu me mantivera à parte enquanto os botes estavam sendo lançados. Ao embarcar, não tomei o lugar de ninguém. Quando o bote começou a descer, o convés estava deserto.

Relato do Dr. Washington Dodge, 52 anos, passageiro da Primeira Classe, após ter lido o artigo de Lawrence Beesley:

Os botes 13 e 15 foram posicionados simultaneamente nos turcos. Disse o oficial Murdoch no comando, referindo-se ao 13: - Melhor lançar do convés A. Vendo que ao redor do outro bote, o 15, havia umas 50 ou 60 pessoas, entre as quais poucas mulheres, tomei a escada e desci para o convés A, onde o 13 já pendia no costado. Umas oito mulheres embarcaram nele, ajudadas por alguns homens e também por mim, pois tinham de passar pelas janelas. O oficial gritou repetidas vezes que se apresentassem mais mulheres e crianças. Ninguém apareceu e ninguém era visível no convés profusamente iluminado. Então entrei no bote, junto com outros homens.

Enfim, o que será que houve realmente? Será que ambos entraram em pânico? Será que o Dr. Washington Dodge aproveitou o relato de Lawrence Beesley?

sexta-feira, novembro 21, 2008

O PRÉDIO DA WHITE STAR LINE

O prédio que era a sede da companhia de navegação White Star Line, existe até hoje em Liverpool, mas a única coisa que lembra a companhia é uma placa comemorativa na entrada do prédio. Quando a Cunard comprou a White Star, na década de 30, não houve interesse em ficar no prédio. Durante a Segunda Guerra Mundial, o prédio foi danificado no telhado e em uma das torres. Hoje o prédio comercial tem o nome de Albion House.

PRÉDIO EM 1912

PRÉDIO EM 2008

PLACA COMEMORATIVA

terça-feira, novembro 18, 2008

DIAMANTE HOPE OU DIAMANTE AZUL?

Especialistas franceses afirmaram, nesta terça-feira, ter provas de que o diamante Hope, uma das peças mais famosas do Instituto Smithsonian de Washington, é, na verdade, a lendária pedra que pertencia ao rei Louis XIV, roubada durante a Revolução Francesa.

Novas evidências descobertas no Museu Nacional de História Natural da França indicam com clareza que o diamante Hope é a mesma pedra azul-metálico usada pelo “Rei Sol” em seu auge, afirmam os pesquisadores.

O mineralogista francês François Farges, que coordenou a pesquisa publicada em um jornal especializado francês, disse que tinha “99% de certeza” de que o Hope e o mítico diamante azul da coroa francesa eram a mesma gema. “As evidências comprovam a hipótese que o diamante, depois de ter sido roubado em Paris em 1792, foi contrabandeado para Londres, onde acabou sendo relapidado”, explicou Farges.

No estudo francês, publicado no jornal "Revue de Gemmologie", Farges conta como, em dezembro de 2007, descobriu um modelo do diamante azul nos arquivos do Museu de História Natural da França. O modelo havia sido feito por um ourives parisiense, Charles Achard, que tinha entre seus clientes um certo "Senhor Hope de Londres."

Utilizando medições fornecidas pelo Instituto Smithsonian, a equipe francesa usou um programa de computador para apurar se as duas gemas tinham alguma correspondência entre si, descobrindo que o diamante Hope cabia perfeitamente dentro do diamante azul. “É mais do que uma hipótese”, afirmou Farges. "Realizamos análises com scanners e laser, que foram validadas por especialistas em gemologia".

O diamante azul foi extraído no reino de Golconda, no estado indiano de Hydebarad, onde o aventureiro francês Jean-Baptiste Tavernier o comprou do governante local no século XVII, revendendo em seguida para o rei francês. A pedra passou então a seu sucessor, Louis XV, e em seguida a Louis XVI, que seria derrubado pelos revolucionários franceses em 1789. Com o fim da monarquia, as jóias da coroa foram tomadas pelo novo regime, e guardadas em uma mansão na Place de La Concorde, em Paris, onde foram roubadas por uma gangue em setembro de 1792. Daí em diante, o diamante azul nunca mais foi visto.

As suspeitas de que o diamante Hope pudesse ser a pedra francesa começaram em 1812, quando apareceu em Londres um enorme diamante azul de 45,54 quilates, vendido para o banqueiro Henry Philip Hope, que não sabia sua origem. Após a morte de Hope, a gema foi herdada de geração em geração até passar para mãos americanas em uma venda. Em 1958, a Harry Winston Inc. de Nova York a doou para o Instituto Smithsonian.

No filme Titanic de James Cameron, há uma citação deste diamante em referência ao “Coração do Oceano”, uma jóia fictícia, feita para o filme. Por sua vez, há uma grande semelhança entre o “Diamante Hope” e o “Coração do Oceano”.

sábado, novembro 15, 2008

O GAROTO JACK O'DELL

Apoiado na amurada do Titanic, o jovem Jack O’Dell olha o mar. Filho de Herbert O’Dell e Lilly May O’Dell, Jack vinha de uma família rica. Seu pai tinha um grande negócio no ramo de peixes na Grã Bretanha, além de ser membro sênior da Fishmongers’ Livery Company, em Londres. Por algum motivo, seu pai não foi ao passeio, era um feriado escolar. Jack O’Dell estava acompanhado da sua mãe, sua irmã Kate e mais dois tios, além do amigo da família o Padre Francis Browne.

O passatempo da família era fotografia. Sorte a nossa, pois a maioria das fotos do Titanic é desta família e do Padre Browne. Eles nem imaginavam que estariam fazendo parte de um evento histórico da humanidade. Suas fotografias gravariam aquela época e tornar-se-iam famosas por causa de sua autenticidade e de sua unicidade.

Finalmente o grande dia. Era quarta-feira, 10 de abril de 1912. A viagem seria apenas de um dia, mas seria uma viagem emocionante, afinal estavam no maior navio do mundo, o RMS Titanic.

Jack O’Dell encantou-se com tamanha grandeza e beleza. Nunca tinham visto um navio tão alto e daquele tamanho. A primeira coisa que todos fizeram foi procurar as suas cabines no deck B. Uma vez que estas tinham sido encontradas, Jack encontrou seus tios e o Padre Browne, armados com suas câmeras foram no deck fotografar. Realizava-se neste momento os primeiros retratos mais famosos na nossa época, da vida a bordo do Titanic. Fotografias únicas. No momento da partida quase houve um acidente com o navio New York, as fotos são da família O’Dell.
Veja post:
http://titanicmomentos.blogspot.com/2005/10/uma-reportagem-afortunada.html

É muito provável que em Cherbourg, Jack tenha prestado atenção nos passageiros que desembarcavam e também nos que embarcavam. Após várias aventuras com outros garotos pelo navio, chegou o momento de desembarcar. Queenstown estava próxima e nada melhor do que aproveitar mais um pouco a viagem. Realizando junto o último passeio pelo deck, Kate fotografou Jack ao lado de seus tios e da sua mãe.

Ao desembarcar Padre Browne fotografa a última imagem do Capitão na ponte de comando. Já em terra firme Kate O’Dell fotografa o Titanic, tornando a última foto deste fabuloso navio, pois dois dias depois ele será golpeado por um iceberg e afundará.

quarta-feira, novembro 12, 2008

QUAL O OFICIAL QUE SE SUICIDOU?

Um dos mistérios do Titanic, que causou polêmica no filme de James Cameron, foi: Qual o Oficial que se suicidou?

Nos momentos finais, tendo o pânico geral como pano de fundo, um dos oficiais suicida-se com um tiro na têmpora, ocorrência que três pessoas vão relatar:

O passageiro George Alexander Lucien Rheims, 36 anos, 1ª Classe, que está na água, vê o oficial disparar contra si mesmo, mas não o identifica.

O passageiro Robert Williams Daniel, 27 anos, 1ª Classe, que também já se lançou ao mar, assiste à cena a curta distância: suspeita de Murdoch, apesar de não ter visto o rosto.

O passageiro Eugene Patrick Daly, 29 anos, 3ª Classe, que está no convés pronto para saltar, prestará um depoimento minucioso, sem identificar o suicida, antecipando a cena para momentos de grande tumulto, conseqüentes à invasão do convés dos barcos pelos homens da 3ª Classe. Do depoimento de Eugene Patrick Daly:
"Um oficial apontou o revólver, dizendo que, se alguém tentasse invadir o bote, dispararia. Vi o oficial matar dois homens que tentaram. Em seguida ouvi outro tiro e vi o oficial caído no convés."

Fica agora o mistério:
Qual Oficial? William Murdoch, Henry Wilde, James Moody?
Pois o corpo do oficial comissário-chefe Hugh McElroy, será resgatado, dias depois, sem ferimento de bala. Entre os oficiais sobreviventes, aparentemente, haverá um pacto de silêncio, que nunca será quebrado.

domingo, novembro 09, 2008

PADRE THOMAS ROUSSEL DAVIDS BYLES

Thomas Roussel Davids Byles nasceu em Yorkshire, Inglaterra, no dia 26 de fevereiro de 1870. Filho de Louisa Davids e Alfred Holden Byles; era o filho mais velho dentre as sete crianças. O pai de Byles era um ministro congregacional e um homem de negócios bem sucedido.

Thomas Byles foi educado na faculdade de Leamington e na escola de Rossall, Fleetwood - Lancashire, onde era um “erudito” e monitor da escola para a Casa Crescente.

Em 1889, Thomas Byles foi à faculdade de Balliol – Oxford, onde estudou matemática, história moderna e teologia. Ao estudar em Oxford converteu ao catolicismo e o ano seguinte foi trabalhar como mestre na faculdade do St. Edmund. Thomas Byles trabalhou em St. Edmund até 1899, quando viajou a Roma para estudar para o sacerdócio. Foi ordenado em 15 de junho de 1902. Em 1903, terminou seus estudos em Roma. Entre 1905 a 1912, Thomas Byles foi reitor em Ongar no condado de Essex - Inglaterra.

Thomas Byles viajava para a América com a missão de celebrar o casamento do seu irmão mais novo, William Byles com o seu amor Katherine Russell, no Brooklyn. Com o bilhete de segunda classe, número 244310 ao custo de 13 libras, Thomas Byles embarcou no Titanic em 10 de abril de 1912.

Há relatos de que enquanto a proa mergulhava em direção ao fundo, centenas de passageiros da 2ª e 3ª classe ouvem o padre Thomas Byles reunidos no final do convés de botes. Thomas Roussel Davids Byles morreu no naufrágio.

Curiosidades: Katherine e William não adiaram a data do seu casamento. Mandaram outro padre celebrar a cerimônia. Um jornal do Brooklyn relatou que os noivos foram para casa após o casamento, trocaram de roupa e retornaram à igreja para uma missa memorável. O casal então saiu para uma curta lua de mel em New-Jersey.

O ator James Lancaster fez o papel de Thomas Byles no filme Titanic de James Cameron. Veja foto abaixo:

terça-feira, novembro 04, 2008

CARTA DE SIR EDWARD GREY

Carta enviada por sir Edward Grey, da embaixada britânica, em Washington, para Londres, relatando as conclusões da comissão do Senado sobre o naufrágio do Titanic.

Sob a presidência de William Alden Smith, a investigação levou em conta o fato da White Star Line ser propriedade de um truste norte-americano, o International Mercantile Marine Co, o que possibilitaria o processo com base na lei dos Estados Unidos, caso se comprovasse a negligência. Os motivos do senador Smith são questionáveis, mas ele responsabilizou o Board of Trade por uma inspeção apressada ao Titanic. Inculpou, também, o capitão Smith, por ignorar a presença de gelo na rota de travessia, e as ações do capitão do Californian, além do número inadequado, revestimento e operação de lançamento dos botes salva-vidas.

A carta menciona as observações do senador, em seu discurso final acerca do acidente:
"...deixaremos ao julgamento honesto da Inglaterra a punição rigorosa do Board of Trade, a cuja lassidão de regulamentos e inspeção açodada o mundo deve, em grande parte, essa fatalidade medonha".